O Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas) confirmou o retorno das aulas na rede particular para o próximo dia 6 de julho. A data já estava prevista no plano de retomada gradual das atividades não essenciais em Manaus, dentro do 4º ciclo, o último.
Em publicação nas redes sociais, o Sinepe informa que a volta às aulas presenciais será de forma escalonada, respeitando os grupos de risco e às recomendações das autoridades de saúde, como o distanciamento, uso de máscara e disponibilização de álcool em gel.
Com a volta, as 60 instituições de ensino associadas ao Sindicato, que vão de creches à faculdades, se uniram para investir na aquisição de serviços, produtos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Serão adquiridos serviços de sanitização de ambiente, além diversos produtos, entre eles, termômetros, luvas, álcool em gel 70%, óculos e máscaras que serão utilizados por alunos, professores e funcionários das instituições.
Elaine Saldanha, presidente do Sinepe, afirma que a entidade está dando apoio para que as escolas cumpram os protocolos de segurança. “O Sinepe-AM está fazendo sua parte, dando o suporte às associadas, para que sigam à risca os protocolos e não mediremos esforços para proteger todos os membros da comunidade escolar”, diz.
A entidade elaborou uma cartilha que orienta as suas associadas sobre as providências a serem tomadas e os cuidados necessários para a reabertura dos serviços. Medidas de distanciamento de, no mínimo, 1,5 metro entre os alunos, durante as atividades em sala de aula, higienização e limpeza dos ambientes, além de serviço de triagem nas áreas de acesso.
Já os alunos que fazem parte do grupo de risco – como transplantados, cardíacos, hipertensos ou portadores de outras comorbidades –, continuarão sendo atendidos pelas instituições através do ensino remoto. Professores e demais profissionais das instituições que se enquadram nesse grupo também permanecerão afastados durante o período que for necessário.
“Também estamos orientando que seja feita uma triagem para acesso às escolas”, afirma Saldanha. A ideia, segundo a presidente, é detectar, logo na entrada, alunos que apresentarem sintomas de Covid-19. Se houver, ficarão em um ambiente isolado até a chegada dos pais ou responsáveis.
“Além disso, as escolas deverão notificar imediatamente os órgãos de saúde, caso algum funcionário ou aluno apresente sintomas da doença, para que possa receber o atendimento necessário”, afirma Saldanha.
A orientação do sindicato é a retomada em escalonamento das atividades, dependendo de realidade de cada instituição. “Nossa sugestão é que, neste início, as instituições façam o ensino híbrido, que combina aprendizado online com o presencial”, explica Laura Cristina, vice-presidente do Sinepe.
Laura informa que outra estratégia que o sindicato tem aconselhado é a adoção de um sistema de escalas, de revezamento de turnos e alterações de jornadas, para reduzir fluxos, aglomerações e contatos de alunos, educadores e demais funcionários das instituições.
Rede pública
Nas redes públicas estadual e municipal de ensino as aulas presenciais seguem sem data para retorno. Nesta terça-feira, 23, a Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas) desmentiu o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas), que havia informado que os profissionais de educação retornariam dia 1° de julho.
Os estudantes acompanham o conteúdo através do programa de ensino à distância ‘Aula em Casa’.
A Seduc já anunciou que adotará a proposta do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e a rede estadual de ensino terá rodízio de alunos e aulas híbridas (presenciais e à distância), mas não informou datas. Uma pesquisa com pais de alunos e professores para conhecer o cenário pós-medidas de isolamento social e de suspensão das aulas presenciais foi iniciada.
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Com informações do Portal Amazonas Atual*