Uma audiência pública realizada em novembro de 2015 na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) cujo título era “Impactos ambientais da instalação das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau na calha do Madeira” alertava com vídeos sobre denúncias da falta fiscalização de barragens em hidrelétricas no interior do Amazonas.
“O questionamento que eu faço desde então é ao órgão fiscalizador dessa situação, o Ipaam, o que final, eles fazem?” indaga em tom provocativo o deputado Dermilson Chagas (PP), que acredita que o ímpeto para cobrança de fiscalizações acontecem somente depois de dois enormes prejuízos à vida de pessoas, animais e de cidades como Mariana e Brumadinho (MG) que sofrem com a irresponsável atuação dos órgãos de exploração de minério.
Segundo o parlamentar é comum que a cobrança de fiscalizações como essas entrem na pauta do poder público quando estão na “crista da onda”, no entanto, Dermilson alerta para os trabalhos dentro da Casa Legislativa que já apontavam para essa direção mas que teriam sido ignorados pelos órgãos competentes.
Na região das hidrelétricas moram aproximadamente 200 mil pessoas que foram afetadas com a atividade de exploração ambiental. “É urgente que se tome medidas pra minimizar os prejuízos de ordem social, ambiental e econômica que os municípios da calha do Madeira já estão sofrendo”, destacou o deputado pontuando também sobre interesses empresariais envolvidos na lentidão do processo.