Segundo dados do Ministério da Saúde, doze estados e o Distrito Federal têm uma média de óbitos em decorrência da covid-19 (coronavírus) por 100 mil habitantes acima da média nacional, que é de 168,7.
O índice do Amazonas, disparado o mais alto do país (296,1 mortos para cada 100 mil moradores), foi impulsionado pelas duas graves crises que levaram ao colapso no sistema de saúde.
Dessa forma, uma logo no início da pandemia, e outra em janeiro de 2021, quando faltou oxigênio para os pacientes.
Os outros estados são, pela ordem de mortalidade: Rondônia, Mato Grosso, Roraima, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Ceará e Santa Catarina.
Segundo o epidemiologista da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), Pedro Hallal, o estado ter sido uma das portas de entrada da nova variante do vírus no Brasil também colaborou para a alta taxa.
Na Região Norte também se destaca Rondônia, que tem a segunda maior taxa de letalidade do Brasil (257,4).
Estados com mais recursos financeiros e maiores estruturas hospitalares, também estão na lista das unidades com altas taxas de mortalidade, como Rio de Janeiro e São Paulo.
Hallal também atribui a alta letalidade do vírus no Rio de Janeiro e São Paulo à maneira como o combate à pandemia ocorreu nesses locais, priorizando a criação de leitos e a abertura de hospitais de campanha, em vez de investir com maior rigor no isolamento social.
“Rio de Janeiro e São Paulo são exemplos de estados que adotaram uma abordagem clínica do problema e, por isso, têm péssimos resultados”, afirma.
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