Estado registrou 93 km² desmatados e responde por 40% da devastação no período
O Amazonas foi o estado que mais desmatou a Amazônia em junho deste ano, segundo levantamento do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon. Ao todo, foram registrados 93 quilômetros quadrados de áreas desmatadas, o que corresponde a 40% do total no período.
Municípios mais afetados
O município de Apuí, no sul do estado, lidera o ranking nacional, com 32 km² de floresta derrubada. Outras cidades amazonenses também figuram entre os dez maiores focos de desmatamento em junho:
Apuí – 24 km² (1º lugar)
Lábrea – 14 km² (3º lugar)
Manicoré – 10 km² (7º lugar)
Comparação com anos anteriores
Apesar da liderança no ranking, o Amazonas registrou queda de 18% no desmatamento em relação a junho de 2024. No entanto, no acumulado do “calendário do desmatamento”, de agosto de 2024 a julho de 2025, houve alta de 11% em comparação ao ciclo anterior.
Desmatamento na Amazônia Legal
No total, o SAD detectou 326 km² de floresta derrubada na Amazônia Legal em junho de 2025, contra 398 km² no mesmo mês do ano passado, também uma redução de 18%. Além do Amazonas, os estados com maiores índices foram:
Mato Grosso – 26%
Pará – 25%
Acre – 6%
Maranhão – 6%
Rondônia – 5%
Tocantins – 2%
Roraima – 2%
Áreas atingidas
A maioria do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob posse irregular (75%). Assentamentos responderam por 19%, Unidades de Conservação por 4% e Terras Indígenas por 2%.
Degradação florestal em alta
O estudo também apontou aumento expressivo da degradação florestal. Em junho de 2025, foram 207 km² afetados, crescimento de 86% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o índice foi de 111 km².
Segundo o Imazon, a degradação não elimina totalmente a floresta, mas compromete sua qualidade, estrutura e biodiversidade, deixando a vegetação em processo de deterioração.
*Com informações do G1