Entenda o impacto da nova medida nas exportações brasileiras e veja os 10 produtos mais vendidos para os Estados Unidos
Mais do que números, o que está em jogo são bilhões em exportações, empregos e a força da indústria brasileira. A nova tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode atingir em cheio os principais produtos que o Brasil mais vende ao país — como café, carne, suco de laranja, máquinas e petróleo. A medida começa a valer em 1º de agosto e já preocupa o setor produtivo e analistas econômicos. Mas afinal, o que exatamente está em risco?
Tarifa ameaça exportações brasileiras aos Estados Unidos
Os Estados Unidos são o segundo maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China. O petróleo lidera em volume e receita, seguido por commodities tradicionais como café e carne, além de produtos industrializados de maior valor agregado, como aeronaves, autopeças e máquinas.
Segundo análise do banco BTG Pactual, mesmo com isenções previstas, a tarifa poderá impactar setores estratégicos e provocar uma redução expressiva nas vendas externas do Brasil. A medida, embora não afete produtos como petróleo, aço e alumínio, atinge uma lista significativa de itens que representam parte relevante da pauta exportadora nacional.
Veja os 10 produtos brasileiros mais vendidos aos EUA
Com base nos dados mais recentes de 2024, os principais produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos são:
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☕ Café
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🥩 Carne
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🍊 Suco de laranja
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🛢️ Petróleo
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✈️ Aeronaves
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⚙️ Semimanufaturados de ferro ou aço
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🧱 Materiais de construção e engenharia
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🪵 Madeira
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🛠️ Máquinas e motores
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📱 Eletrônicos
A nova tarifa, segundo o BTG, não se somará aos percentuais já praticados sobre automóveis, autopeças (25%) ou aço e alumínio (50%). Produtos que ainda estão sob investigação da Seção 232, como semicondutores, minerais críticos e produtos farmacêuticos, seguem isentos — assim como o petróleo e seus derivados.
Possíveis impactos no comércio exterior
Mesmo com essas exceções, a elevação tarifária pode causar prejuízos significativos à balança comercial brasileira. Especialistas avaliam que a nova barreira pode desestimular a exportação de produtos industrializados, reduzir a competitividade do Brasil no mercado americano e abrir espaço para concorrentes de outros países.
*Com informações do G1