A resposta é alarmante: toneladas. É essa a quantidade de lixo que os igarapés de Manaus ainda recebem todos os meses, mesmo com a cidade contando com um dos sistemas de coleta urbana mais estruturados do país. Pneus, móveis, sacolas, garrafas plásticas, eletrodomésticos quebrados e entulho de obras continuam sendo descartados de forma irregular, desaguando nos igarapés e, inevitavelmente, alcançando o rio Negro — cartão-postal e símbolo da capital.
Neste domingo (13/7), a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), vai realizar o transbordo das balsas que armazenaram o lixo retirado dos igarapés durante o mês de junho e a primeira semana de julho. Todo o material recolhido será encaminhado a um destino ambientalmente adequado. O esforço faz parte de uma rotina silenciosa, mas essencial, realizada diariamente por equipes da Semulsp ao longo da orla da cidade.
“Sem essa limpeza diária, boa parte desse lixo já estaria no fundo do rio Negro”, afirma o secretário da Semulsp, Sabá Reis.
Mesmo com a instalação de ecobarreiras flutuantes e campanhas de conscientização, o descarte irregular ainda supera a capacidade de contenção. A prefeitura mantém coleta domiciliar diária, pontos de entrega voluntária (PEVs), papa-PETs e até agendamento gratuito para retirada de móveis e grandes objetos. Ainda assim, boa parte da população insiste em tratar o leito dos igarapés como lixeira.

O serviço de agendamento gratuito para retirada de móveis e objetos pode ser solicitado pelos números (92) 98415-9563 ou 98459-5618.
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