Começa hoje a Cúpula da Amazônia. O evento terá duração de dois dias, sendo sediado em Belém, no Pará. Contará com representantes de diversos países amazônicos, discutindo questões sobre desenvolvimento sustentável, desmatamento ilegal, combate ao crime organizado, entre outros.
O que é a Cúpula da Amazônia?
A Cúpula da Amazônia é um encontro que reunirá 8 representantes de países amazônicos: Brasil, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guiana, Peru, Suriname e Equador.
Estes países compõem a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que visa o desenvolvimento sustentável das regiões. A OTCA é uma entidade que promove a preservação da Amazônia, com foco nas comunidades locais.
Além destes países, foram convidados representantes da República Democrática do Congo, Congo, Indonésia e Guiana Francesa (representada pela França). Noruega e Alemanha receberam convite por serem os maiores financiadoras do Fundo Amazônia.
Finalizando a Cúpula, o presidente da COP28, Sultan Ahmed al-Jaber e o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves também comparecerão.
Diversos ministros brasileiros estão na capital do Pará para a realização de eventos pré-cúpula, dentre eles: Marina Silva (Ministra do Meio Ambiente), Mauro Vieira (Ministro de Relações Exteriores) e Alexandre Padilha (Ministro de Relações Institucionais).
Durante os dias que antecederam a reunião, ocorreram Diálogos Amazônicos e reunião entre os Ministros do Brasil e outros países.
O que será discutido?
A programação de hoje (08/08) é a reunião dos presidentes dos países amazônicos. Já amanhã (09/08) é esperada a “Cúpula ampliada”, isto é, reuniões entre os presidentes e organismos internacionais, tais como ONU, bancos e organizações de meio ambiente.
Serão discutidas novas políticas públicas, sendo esperado, por parte do Governo Federal, estratégias para redução do desmatamento.
De acordo com o diretor executivo da OTCA, Carlos Alfredo Lazary, espera-se que com este evento, haja uma voz inclusiva amazônica a ser escutada por todos os outros países.
“Imagino que o resultado, a partir da Cúpula, fortalecerá a dimensão regional, na narrativa de chefes de Estado, para outros eventos, como a COP28 nos Emirados Árabes [de 30 de novembro a 12 de dezembro] e para as reuniões do G20 [grupo que reúne as principais economias do mundo]”, afirmou.
Outros pontos que podem ser discutidos:
- Ponto de não retorno: Um dos objetivos é traçar metas para evitar o ponto de não retorno da Amazônia, ou seja, quando a floresta perderia sua capacidade de se autorregenerar;
- Combate a atividades ilegais: Tais como o garimpo;
- Parlamento Amazônico: Algo a ser firmado, por meio de grupo de trabalho, para validar essa proposta.
Quais são os resultados esperados?
Além do fortalecimento da OTCA, é esperado o aumento na integração entre os países amazônicos. “Acredito que resultará no apoio e no fortalecimento da OTCA, para que projetos regionais tenham prioridade nos recursos internacionais”, ressaltou Carlos Alfredo.
Além disso, busca-se ampliar a atividade artesanal, regional e o turismo comunitário. “Acredito que, desses encontros, sairá nosso fortalecimento e um caldo de cultura para qu os programas a serem desenvolvidos despertem o interesse internacional e melhorem as condições de vida das populações locais”, disse o diretor.
A realização da Cúpula na Região Norte coloca o país no centro da discussão e negociações internacionais, incluindo o Amazonas.
Leia mais:
Empresa investirá R$ 235 milhões para reflorestar áreas na Amazônia
No Limite Amazônia estreia essa quinta feira 13/07
Desmatamento segue alto na Amazônia em 2023