O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), revelou que herdou R$ 2,1 bilhões em dívidas e que as pendências comprometem a capacidade de investimento público. “Daí a dificuldade de fazer mais contratação e oferecer melhores serviços”, admitiu, em pronunciamento na abertura dos trabalhos legislativos na manhã desta segunda-feira (6), na Câmara Municipal de Manaus.
O endividamento público custa, em média, R$ 800 milhões por ano ao contribuinte de impostos municipais. O valor será pago em 2023 aos credores, disse David Almeida. Em 2022, foram pagos R$ 700 milhões, segundo o prefeito.
David Almeida disse que deverá pagar, até o final do mandato, em 2024, R$ 3,1 bilhões. Em contrapartida, segundo o prefeito, a atual gestão deve tomar emprestado apenas R$ 1 bilhão.
A maioria dos compromissos é com empréstimos bancários. Em 2021, a Prefeitura obteve empréstimo de R$ 400 milhões do Banco do Brasil. Outros R$ 100 milhões foram adquiridos da Caixa Econômica em 2022.
O dinheiro foi para obras de infraestrutura como asfaltamento de ruas. Os recursos também serão usados para a construção de viadutos e passagem subterrânea.
O pagamento de empréstimos, serviço de coleta de lixo e limpeza urbana e subsídios às empresas de ônibus consumiram R$ 1,4 bilhão em 2022. Apenas como o transporte público, a prefeitura gastou R$ 395 milhões, disse o prefeito.
O orçamento do município para este ano é de R$ 8,5 bilhões, maior que o de 2022, de R$ 7,1 bilhões.
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