O ex-presidente da República Lula da Silva (PT) ampliou as negociações para consolidar o apoio do PSD à sua candidatura ainda no primeiro turno das eleições presidenciais. Nela, consta o apoio dele à reeleição de Omar Aziz (AM) ao Senado.
O nome de Aziz entrou no rol das ofertas feitas pelos petistas junto com a retirada de candidaturas dos governos estaduais da Bahia e Minas Gerais.
Além disso, o PT se compromete em apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para continuar a presidir o Senado na próxima legislatura. Pacheco já teria desistido de encabeçar uma chapa puro-sangue do partido.
Uma fonte, que acompanha as negociações nacionais, diz que Lula tem apoio de Aziz no processo de negociação.
O ex-presidente da CPI da covid se destacou no cenário nacional como um parlamentar de oposição ao governo de Jair Bolsonaro, sobretudo pelas críticas feitas ao presidente da República por suas ações negacionistas e atraso na compra de vacinas.
Em dezembro passado, o senador do Amazonas esteve reunido com o pré-candidato petista e deu ampla publicidade desse encontro.
“Falamos sobre o cenário nacional atual, sobre o que foi feito quando ele era presidente e também quando fui governador. Aqueles tempos mudaram. Hoje, vivemos num país em que as pessoas procuram comida no lixo para comer”, escreveu Aziz em rede social.
“Precisamos voltar a avançar. Precisamos voltar a pensar em um projeto para o Brasil. Precisamos voltar a pensar em cada cidadão brasileiro. Precisamos voltar a ser uma nação”.
Debate
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, outra liderança expressiva do PDS no Amazonas, disse que entrou no partido recentemente e evitou falar das negociações.
“Vou participar dos debates, defender minhas posições internamente e aguardar a posição oficial do partido”, disse ele ao BNC Amazonas.
No blog “Francamente”, espaço criado pelo deputado, Ramos expressou o que considera uma certeza:
“Nem os bolsonaristas da política são mais capazes de deixar de reconhecer que, na ordem natural das coisas, Lula será presidente.”
De acordo com ele, essa percepção se fortalece quando o próprio Lula não se deixa contaminar pelo clima de “já ganhou” de setores da esquerda e busca construir um palanque amplo e que atraia um voto de centro.
“Além de reafirmar a todo momento que teremos uma eleição dura e reconhecer que Bolsonaro consolidou um segmento da sociedade mobilizado e radicalizado capaz de ir com ele até às últimas consequências”, afirmou.
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