A Secretaria de Estado de Educação e Deporto do Amazonas lançou, no último final de semana, uma pesquisa sobre a volta às aulas presenciais na rede estadual de ensino. O objetivo do levantamento é saber da comunidade escolar quais são as preocupações e necessidades sobre o retorno às escolas. O Estado ainda não definiu uma data para a retomada das atividades escolares, mas informou que a decisão depende da evolução dos casos e mortes pelo novo coronavírus no Amazonas.
A pesquisa é dividida quatro categorias. A primeira delas é para Pais e Responsáveis. A segunda para Servidores Administrativos. A terceira para Professores e Pedagogos e a última para Gestores. Com essa ação, a secretaria de Educação pretende captar informações sobre o cenário pós-medidas de isolamento social e de suspensão das aulas presenciais para adaptar as mudanças pedagógicas e protocolos de saúde à realidade da comunidade escolar.
Os questionários abordam assuntos como saúde física e mental, e se houve falecimento na família em decorrência de complicações pelo novo coronavírus. Para os gestores, pedagogos e professores, estão sendo levantadas informações sobre as metodologias aplicadas durante o regime de aulas não presenciais, as atividades planejadas para o retorno às salas de aula e como a escola e o corpo docente podem dar suporte para os estudantes.
O Governo pretende desenvolver estratégias de atenção psicossocial e pedagógicas, a partir das respostas da comunidade escolar. “Existem recomendações gerais baseadas nos protocolos de Saúde que estão sendo seguidas no mundo todo, mas precisamos de um diagnóstico da rede estadual para saber como adaptar essas medidas para nossa realidade”, ressaltou o secretário de Estado de Educação e Desporto em exercício, Luis Fabian Barbosa.
De acordo com a secretaria, serão incorporadas também ao planejamento de retorno das atividades escolares, as experiências internacionais, as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e diretrizes e recomendações de órgãos educacionais do Brasil e do mundo, como é o caso do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); World Bank Group; e do movimento nacional “Todos pela Educação”.
O que se sabe até o momento, é que as instituições e protocolos internacionais de Saúde defendem um retorno cauteloso, gradativo e escalonado às atividades escolares presenciais, como forma de evitar um possível segundo ciclo da doença e preservar a integridade física e emocional dos estudantes e demais integrantes da comunidade escolar. Segundo Luis Fabian, a Secretaria de Educação pretende seguir essas orientações e, por isso, é tão importante ouvir a comunidade escolar. “Precisamos ter uma visão ampla do que as escolas vão precisar tanto em termos de infraestrutura como em termos pedagógicos. Por isso, é tão importante para nossa equipe ouvir toda a comunidade escolar”, afirmou.
A pesquisa pode ser acessada aqui.
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Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta