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    Weintraub diz que Enem não foi feito para corrigir injustiças

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    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o Enem não será adiado e que não foi feito para corrigir injustiças. A declaração foi dada nesta terça-feira (5) em reunião virtual com senadores.

    Congressistas têm defendido o adiamento das provas desde o início do isolamento social e do cancelamento de aulas por causa da pandemia do coronavírus. A falta de acesso à internet a todos os estudantes que estão sem aulas presenciais, que tende a prejudicar mais os alunos da rede pública, é um dos principais argumentos usados por senadores. Segundo eles, o ministro se mostrou indiferente à questão.

    A reportagem pediu um posicionamento do Ministério da Educação (MEC) sobre as declarações do ministro, mas a pasta informou que não vai se manifestar a respeito.

    — A maioria dos senadores defende que o Enem seja adiado, mas o ministro acha que não deveria ocorrer. Ele não considerou nem o fato de que parte dos jovens não tem acesso à internet. Ele disse que sabe que existem injustiças, mas que Enem não foi feito para corrigir injustiças, mas para selecionar — disse o líder do PSD, Otto Alencar (BA).

    De acordo com Alencar, o ministro afirmou que nem todas os estudantes que realizam as provas têm as mesmas chances e que isso não justificaria um adiamento.

    — O ministro chegou a dizer que existem pessoas que são mais inteligentes e outras que têm pouca inteligência. Achei tão absurdo quando ele falou isso que tive vontade de sair da reunião. É muito absurdo ouvir isso — disse.

    A reunião em que Weintraub falou aos senadores foi convocada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Os líderes presentes no encontro não sabiam da participação do ministro.

    Alcolumbre começou a reunião dizendo que chamou o ministro para que ele pudesse falar sobre o Enem, já que existem projetos no Senado que pedem o adiamento das provas devido à pandemia. O ministro garantiu que não haverá adiamento das provas.

    Segundo disse Weintraub aos senadores, o Enem será realizado em novembro e não há perspectiva de que os efeitos do coronavírus se mantenham lá. Para o vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), o ministro não entendeu a gravidade da situação.

    — É lógico que há necessidade de se adiar o Enem. Só ele (ministro) não vê isso. É lamentável e insensível a forma como ele falou na reunião. Ele não pode agir dessa forma — disse o senador.

    Ele afirmou que seguirá defendendo que o projeto que prevê o adiamento seja colocado em votação.

    Leia mais:
    Ministro da Educação ignora decisão judicial e diz que vai ter Enem
    Inep cogita adiar as provas do Enem 2020

    *Reportagem da FolhaPress

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