O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), afirmou que a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre os governadores da Amazônia Legal foi “inadequada”.
Mais cedo, nesta quinta, Bolsonaro disse que “não resolveria nada” incluir os governadores da região no Conselho da Amazônia Legal. O conselho foi criado em 1995 e, pelo decreto de criação, seria composto por ministros, representantes de órgãos federais e governadores.
Na última terça (11), porém, o presidente editou um decreto para transferir o Conselho da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-presidência. Conforme o texto do decreto, os governadores não integram mais o grupo, somente ministros do governo federal.
“Considero a declaração do presidente da República inadequada. A representatividade do Conselho Nacional da Amazônia Legal fica prejudicada, já que proposições de políticas públicas para a proteção, preservação e desenvolvimento da região requerem trabalho integrado e junção de esforços”, afirmou Waldez Góes.
Integram a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.
Crédito de carbono trás benefícios econômicos e ambientais para Amazônia Legal
Consulta aos governadores
Segundo Bolsonaro, mesmo sem participar do conselho, os governadores serão consultados.
Conforme Waldez Góes, os governadores têm trabalhado “fortemente” na construção de soluções e podem contribuir “muito” para agilizar as respostas.
“A Amazônia e os amazônidas sempre pagam um preço muito alto quando Brasília toma decisões sobre a região ignorando a voz daqueles que vivem nela. Mais do nunca é preciso entender que a Amazônia não é problema e sim solução para o Brasil”, disse.
Para o governador, o fato de o conselho existir desde 1995 e nunca ter sido implementado “é a prova mais cabal de que o governo federal historicamente nunca deu a atenção merecida à Amazônia”.
Capes anuncia investimento de 80 milhões para pesquisas na Amazônia Legal
Com informações do G1*