Mais de 9 mil pacientes que necessitam de medicação de alto custo são assistidos pela Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). Ao todo, 148 tipos de remédios com valores que chegam a custar R$ 8 mil, por frasco, estão disponíveis aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas. Também chamado de Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), o programa oferta os remédios gratuitamente por meio da Cema.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), o nível de abastecimento atualmente do Ceaf no Estado é de 93%, mas estava em 50%, no início da gestão, em janeiro.
A professora Gilmara Doza, que faz acompanhamento para artrite reumatóide na Fundação Hospital Adriano Jorge, é uma das pacientes contempladas com o fornecimento dos medicamentos desde 2013.
O esposo da professora, Carlos Alberto Doza Junior, vai à Cema mensalmente para buscar Etanercept e Leflunomida que custam juntos, nas farmácias convencionais, aproximadamente R$ 5 mil.
“Todas as vezes que eu vim buscar os remédios não faltaram. Eles são muito caros e a Cema tem um controle na dispensação que é válido. As receitas para esses medicamentos são renovadas a cada três meses e nunca tive problemas”, contou.
A dona de casa Janaína Bastos relata que a enteada faz uso contínuo de três medicamentos, sendo eles Metotrexato, Azatroprina e Reuquinol, que custam em média R$ 320.
“Cheguei a comprar ano passado esses remédios porque estava em falta. Somos 11 pessoas morando em casa e somente meu marido trabalha como motorista. Então ficava muito pesado no nosso orçamento. É um alívio poder pegar esses medicamentos gratuitamente”, disse.
Há seis meses buscando Olanzapina para o filho de 50 anos, a pensionista Osvaldina Andrade ressalta que o medicamento é dispensado com regularidade pela Cema.
Serviço assistencial – Na parte assistencial 3,5 mil pacientes que recebem atenção médica domiciliar, por meio do Programa Melhor em Casa, são contemplados com produtos diversos para a saúde como fraldas, seringas, equipamentos, alimentação especial, entre outros. Alguns chegam a receber até dez tipos de produtos
De acordo com o coordenador da Cema, Antônio Paiva, várias mudanças estão sendo realizadas para qualificar melhorar o atendimento assistencial, dentre os quais a implantação de um sistema informatizado para agilizar os processos e a dispensação dos itens, segundo adiantou o coordenador.
Segundo ele, as mudanças permitiram aumentar a capacidade de atendimento de 70 para 120 pessoas por dia, sem intervalo para almoço.
“O atendimento ao usuário dos programas sociais melhorou bastante na Cema. Antes, eram recepcionados em pé, não tinha nem cadeira para sentar. Nosso projeto é continuar humanizando o atendimento. Organizamos a recepção, mudamos o local para recebê-los na Cema , um local mais amplo com toda a equipe necessária”, disse o coordenador.
Com informações da Secom*