Relatório divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) revela que o número de indígenas assassinados no Brasil entre 2019 e 2022 chegou a 795, sendo 180 só no ano passado.
Em 2022, o estado de Roraima registrou o maior número de assassinatos, totalizando 41, seguido por Mato Grosso do Sul com 38 e o Amazonas com 30. Apenas Goiás e Rondônia não tiveram ocorrências desse tipo, destacando que diferentes povos indígenas enfrentam a realidade do luto em todo o território brasileiro.
Violência contra indígenas
Além dos assassinatos, o relatório aponta outras formas de violência contra os povos indígenas, totalizando 416 casos em 2022, um aumento de 15,2% em relação a 2021. As ameaças aumentaram significativamente, assim como os casos de racismo, discriminação e violências sexuais.
As execuções muitas vezes acontecem após acirramento de tensões na região, e o Cimi monitora os conflitos territoriais que contribuem para esse cenário.
Territórios
O relatório também revela dados sobre violência contra o patrimônio, somando 467 casos em 2022, um aumento de 10,4% em relação ao ano anterior. Esse tipo de violência inclui disputas territoriais, invasões de terra, exploração ilegal de recursos naturais e danos ao patrimônio.
Mortalidade infantil
A falta de atuação do poder público também afetou os indígenas em 2022, resultando em 835 casos de mortalidade infantil, além de desassistência geral, falta de acesso à educação e saúde, mortes relacionadas à falta de atendimento médico adequado e disseminação de álcool e outras drogas. O relatório destaca ainda 115 casos de suicídio entre os indígenas.
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Com informações da Agência Brasil*


