O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), lamentaram o falecimento do cantor Zezinho Corrêa, ocorrido neste dia 6.
O famoso artista estava internado há vários dias em UTI da empresa Samel, em Manaus, vítima do coronavírus (covid-19).
Confira as manifestações
Governo do Estado
O Governo do Estado do Amazonas lamenta, com profundo pesar, o falecimento do artista Zezinho Corrêa, de 69 anos, ocorrido neste sábado (06/02), por complicações causadas pela Covid-19.
“Perdemos hoje um dos principais ícones do Amazonas. Com sua voz única e carisma sem igual, Zezinho Corrêa representou nossas raízes e cultura mundo afora. Que Deus o receba com glórias em sua morada e conforte os corações de familiares, amigos e fãs”, escreveu o governador do Amazonas, Wilson Lima, em suas redes sociais.
José Maria Nunes Corrêa, natural da comunidade de Imperatriz, em Carauari, ficou conhecido nacionalmente e internacionalmente após o sucesso “Tic Tic Tac”, na década de 1990, quando liderava a banda Carrapicho.
Antes de se dedicar à carreira de cantor, Zezinho também fez curso de formação de atores, no Rio de Janeiro, e estudou interpretação e dança. Como ator, Zezinho Corrêa fez parte do Grupo de Teatro Experimental do Sesc.
Zezinho também investiu em carreira solo, produzindo projetos musicais. Entre os destaques estão a sua participação no musical “Boi de Pano”, durante o Festival Amazonas de Ópera de 2000; a gravação do seu CD solo no ano de 2001, no Teatro Amazonas e a participação no musical de Natal “Ceci e a Estrela”, em 2017.
Em 2020, Zezinho estrelou campanha do Governo do Estado em homenagem aos profissionais de saúde, que atuaram na linha de frente do combate à pandemia de Covid-19, interpretando a música “Um Novo Tempo”, de Ivan Lins, no palco do Teatro Amazonas.
No dia 21 de dezembro de 2020, o cantor subiu ao palco do Teatro Manauara com o show “Banho de Frevo – Zezinho Corrêa canta Elba Ramalho”; e no dia 28 de dezembro, o cantor participou do lançamento online do livro “Eu Quero é Tic, Tic, Tac”, escrito pelo jornalista e produtor cultural Fabrício Nunes em homenagem à carreira de Zezinho. O lançamento foi transmitido do Centro Cultural Palácio Rio Negro.
“Hoje perdemos um grande artista, um artista que certamente deixa seu nome marcado na história da cultura do nosso Estado. Um dos nossos maiores representantes, que levou o nome e a Cultura do Amazonas para o mundo inteiro, através de seu talento, de seu carisma e de sua voz encantadora. Perco também um grande amigo, uma pessoa que faz parte da minha história como artista e como ser humano. Nosso coração se entristece, o céu certamente o recebe com alegria e o Amazonas fica um pouco mais triste”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz.
Prefeitura de Manaus
A Prefeitura de Manaus lamenta profundamente a morte do artista amazonense Zezinho Corrêa, que morreu na manhã deste sábado, 6/2, em decorrência do agravamento da Covid-19. Com uma voz marcante, carisma e simpatia, Zezinho se consagrou internacionalmente na década de 90, junto com o grupo Carrapicho, cantando o hit “Tic Tic Tac”, eternizado em sua voz.
“O coronavírus calou hoje uma das principais vozes da nossa cultura. Aos familiares, amigos e fãs de Zezinho Corrêa, toda a nossa solidariedade. Que Deus seja o conforto nesse momento de dor. Com a sua partida, reforço a todos os manauaras o alerta: vamos nos proteger e cuidar de quem amamos. A pandemia ainda não passou. Que Deus abençoe a todos”, afirmou o prefeito de Manaus, David Almeida.
O vice-prefeito, Marcos Rotta, também lamentou a morte do cantor e afirmou que seu nome está marcado para sempre na história da cultura amazonense. “Esse vírus traiçoeiro silenciou uma grande voz do Amazonas, um artista que levou alegria, cultura regional e o nome do Estado para todo o Brasil e até rompeu as fronteiras nacionais, conquistando outros países. Seu nome para sempre estará marcado na história da cultura amazonense. Rogo a Deus, misericordioso, que dê entendimento e conforto no coração de familiares e amigos”, disse o vice-prefeito Marcos Rotta.
Zezinho Corrêa participou de todos os grandes eventos promovidos pela Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), ao longo nos últimos anos, como Boi Manaus, Passo a Paço, Carnaval, Festival Folclórico do Amazonas e Réveillon. O cantor também foi a “cara e voz” de Manaus na edição do Rock in Rio, em 2017. Sempre carismático, levava alegria aos fãs ao som do “Tic Tic Tac”, por onde passava.
O diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, também se solidariza com os familiares e amigos do artista e reconhece essa enorme perda para a cena cultural da capital.
“Zezinho nos deixa com saudades, mas com a certeza de que sua marca na cultura amazonense será eterna. Por meio do seu talento, seu carisma levou a música de Manaus ao mundo e, nós, como cidadãos amazonenses somos gratos a isso. Seu nome está gravado na história da Manauscult como um grande parceiro colaborador e incentivador da nossa cultura”, destacou Alonso.
Trajetória
Conhecido como líder do grupo Carrapicho, Zezinho Corrêa estava internado desde o início de janeiro lutando contra a doença. Ao longo de sua vida, o cantor se caracterizou por ser um artista ativo, com vasta experiência na música e nas artes cênicas, e sempre demonstrando um intenso carinho com o público.
Nascido em Carauari (AM), o artista iniciou a carreira como ator, depois de fazer um curso de formação no Rio de Janeiro. Zezinho atuou em diversos musicais até investir na carreira de cantor e, em meados da década de 1980, formar o grupo Carrapicho, junto com os músicos Roberto Bopp e Nill Cruz.
Com um repertório composto por MPB, forró e toadas de boi-bumbá, o grupo fez sucesso principalmente com o hit “Tic, Tic, Tac”, o que os levou a palcos internacionais na década de 1990, em uma turnê pela Europa que também lhes rendeu diversos discos de platina.
Nos últimos anos, a banda foi presença constante em eventos da Prefeitura de Manaus, como a festa anual de aniversário da cidade no Boi Manaus, o Festival Passo a Paço e o Festival Folclórico do Amazonas, além de ter presenteado a cidade com uma releitura especial de “Tic, Tic, Tac” para divulgar a capital amazonense como destino turístico no festival Rock in Rio.
Zezinho Corrêa também atuou como servidor do Sesc Amazonas, onde chegou a assumir a coordenação do Departamento Cultural. Em dezembro de 2020, foi lançada sua biografia “Eu quero tic, tic, tac”, escrita pelo jornalista Fabrício Nunes.
O artista deixa como legado seu indelével trabalho nas artes, seja na música, no teatro ou na articulação cultural, e imensas saudades para todos os fãs que o conheceram e se encantaram com sua voz e a força do tambor que batia.
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