O recém empossado ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), fez um discurso, nesta segunda-feira (02/01), com vários recados voltados aos manifestantes extremistas que atuam em atos antidemocráticos pelo país.
Ele começou sua fala cumprimentando a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Rosa Weber, e fazendo uma alusão aos embates entre o governo Jair Bolsonaro (PL) e o Judiciário. O novo ministro pregou o desarmamento e se comprometeu em elucidar o Caso Marielle.
Dino falou que comandará um “ministério da paz, da pacificação nacional”, mas provocou bolsonaristas que pediram um golpe militar para impedir que Lula assumisse a Presidência da República.
Dino elencou suas prioridades:
- Garantir os acessos à Justiça dos mais pobres e de populações marginalizadas, como negros, mulheres e LGBTQIA+;
- Harmonia entre os Poderes Defesa da democracia;
- Controle responsável do armamento;
- Combate a crimes ambientais, com foco na Amazônia;
- Elucidar a morte da vereadora Marielle Franco, identificando os mandantes do assassinato.
Em seguida, o ministro agradeceu ao presidente Lula e abordou as ameaças anteriores à posse de que o petista não subiria a rampa do Palácio do Planalto. “Subiu a rampa e de lá governa a nossa nação. Lamento muito por todos que apostaram contra e hoje estão pagando a aposta”, afirmou.
O novo ministro ainda citou os atos antidemocráticos, defendeu ponderação na atuação, mas sem “fechar os olhos em relação ao que aconteceu”.
O momento em que foi mais aplaudido foi quando abordou uma promessa à família de Marielle Franco de que a Polícia Federal irá apurar quem matou e quem mandou matar a vereadora – o crime ocorreu em 2018.
Uma das medidas também defendida por Dino é o recadastramento de todas as armas do país em até 60 dias na Polícia Federal, independentemente se a arma possui registro no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), do Exército.
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