Além da capital amazonense, os municípios do interior também estão sendo impactados pela cheia dos rios que pode ser a maior dos últimos 100 anos, conforme dados do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa). Na segunda-feira(17), o Rio Negro atingiu a marca de 29,72 metros, a terceira maior cheia da história.
Dos 61 municípios, 42 estão sendo diretamente afetados pela cheia dos rios. 20 estão em situação de emergência, 21 em transbordamento, três em alerta e outros oito em estado de atenção. Do total, apenas nove seguem em normalidade.
De acordo com o governador Wilson Lima, a Defesa Civil estadual tem atuado diretamente com as prefeituras para que os protocolos sejam seguidos e por meio deles, os recursos necessários para enfrentamento tanto do estado como do Governo Federal.
“Nós temos um Centro de Monitoramento que acompanha toda essa questão pluviométrica, o que tem acontecido em cada calha de rio e os alertas que são emitidos para que as prefeituras possam tomar as ações iniciais”, ressaltou o governador.
A estimativa da Defesa Civil do Amazonas é que o estado já tenha mais de 350 mil pessoas afetadas pela cheia. Para minimizar os impactos, o governo tem executado ações de ajuda humanitária, água potável, social, saúde e fomento para os ribeirinhos.
Uma das principais medidas é o Auxílio Estadual Enchente no valor de R$ 300 que vai beneficiar 100 mil famílias impactadas diretamente com a enchente. Além disso, o estado também realizou anistia de dívidas para produtores e microempreendedores, por meio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) de municípios afetados pela cheia.
Em Anamã, uma das cidades mais atingidas com a inundação, foi necessária a instalação de uma estação de tratamento móvel para distribuir 15 mil litros de água purificada à população. Como a cidade está totalmente submersa, o rio se mistura a esgotos e fossas residenciais tornando a água inapropriada para consumo.
Ao todo o município tem 13 mil moradores, desses 9.570 foram atingidos diretamente pela enchente.
Já em Manacapuru, dos 98 mil habitantes, mais de 40 mil foram afetado e 12 bairros estão inundados pela cheia.
Parintins sofre com a cheia do Rio Amazonas, que é uma das mais elevadas da história também. A prefeitura relatou que está com dificuldades para comprar madeiras, insumo essencial na construção de pontes e marombas.
“Estamos com dificuldade para comprar madeira. A gente só pode comprar madeira legalizada. Vamos priorizar as pontes para depois conseguir ajuda para fazer maromba nas residências que estão alagadas pela enchente do rio Amazonas”, disse o prefeito.
Leia mais:
Manaus pode enfrentar a maior cheia histórica em 2021
Boletim aponta aumento de mortes por covid no Amazonas
David vai solicitar inclusão de jornalistas, motoristas e cobradores em vacinação contra Covid-19


