O município de Humaitá, a 590 quilômetros de Manaus, receberá o terceiro polo da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), em abril. As cidades de Nova Olinda do Norte, Borba, Novo Aripuanã, Manicoré e Apuí, com população estimada em mais de 230 mil pessoas, também serão beneficiadas pelo atendimento.
Localizado no sul do estado, o polo terá cinco defensores nomeados pelo defensor público-geral, Rafael Barbosa, para quem a inauguração da unidade é mais uma prova do compromisso da DPE-AM com o processo de interiorização dos seus serviços.
A unidade vai receber o nome da professora Keilyanne Silva Ribeiro, natural do município e formada em Matemática pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Keilyanne foi vítima de feminicídio de grande repercussão em Humaitá, pois foi morta pelo próprio marido a facadas, na presença de seus filhos.
A proposta de dar o nome da professora ao prédio foi uma indicação do deputado estadual Cabo Maciel, sob a justificativa de que a educadora era conhecida e admirada na cidade, por ser um modelo de vida enquanto cidadã de bem, mulher de fé e alicerce da família. A direção da DPE-AM acolheu o pedido, na medida em que tem atuação marcante no acompanhamento das questões relacionadas aos crimes de feminicídio.
Interiorização
A DPE-AM já implantou polos de atendimento no interior do estado nos municípios de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), que atende também aos municípios de Nhamundá, Barreirinha e Boa Vista do Ramos; e em Itacoatiara (a 176 quilômetros da capital), responsável pelo atendimento aos moradores dos municípios de Rio Preto da Eva, Itapiranga, Silves, Urucará, São Sebastião do Uatumã e Urucurituba.
A implantação das unidades-polo segue os critérios determinados pela Constituição Federal, que estabelece a observância do número de habitantes ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para distribuição dos defensores públicos. Para atender às demandas do interior, a DPE atua com o Grupo de Trabalho Itinerante (GTI).