“Vamos criar o Ministério dos Povos Originários e revogar as medidas contrárias as populações indígenas e povos originários”, disse.
A três dias das eleições, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nesta quinta-feira (27), carta com propostas para serem efetivadas num eventual governo. O documento de nove páginas possui 13 eixos.
São eles: Democracia e liberdade; Desenvolvimento econômico com investimentos, Desenvolvimento sustentável e transição ecológica, Reindustrialização do Brasil e Agricultura sustentável.
“Nosso compromisso estratégico é buscar o desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica”, diz o ex-presidente no item sobre desenvolvimento sustentável.
Para isso, o candidato diz que vai apoiar a grande agricultura de baixo carbono e a agricultura familiar com crédito, garantias e assistência.
Vamos criar o Ministério dos Povos Originários e revogar as medidas contrárias as populações indígenas e povos originários. Vamos reconstruir os órgãos de fiscalização e controle do desmatamento. Vamos acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas, comprometeu-se.
Campeão mundial
Lula afirmou que em vez de líderes mundiais de desmatamento, o Brasil precisa ser campeão mundial do enfrentamento da crise climática e do desenvolvimento socioambiental.
“Assim, teremos comida saudável no prato, ar limpo para respirar, água boa para beber e muitos empregos de qualidade com os investimentos verdes”, argumentou.
“Vamos construir um Brasil sustentável. O Brasil tem tudo para ser uma grande potência ambiental. Para isso, é preciso aproveitar a criatividade da bioeconomia e dos empreendimentos da sociobiodiversidade”, defendeu o candidato.
De acordo com ele, é preciso iniciar a transição energética e ecológica para uma agropecuária e uma mineração sustentáveis, para uma agricultura familiar mais forte, para uma indústria mais verde.
Eleição diferente
O ex-presidente diz que essa não é uma eleição qualquer. “O que está em jogo é a escolha entre dois projetos completamente diferentes para o Brasil”, observou.
Diz que o atual país é do ódio, da mentira, da intolerância, do desemprego, dos salários baixos, da fome, das armas e das mortes, da insensibilidade, do machismo, do racismo, da homofobia, da destruição da Amazônia e do meio ambiente, do isolamento internacional, da estagnação econômica, do apreço à ditadura e aos torturadores. Um Brasil de medo e insegurança com Bolsonaro.
Outro é o país da esperança, do respeito, do emprego, dos salários decentes, da aposentadoria digna, dos direitos e oportunidades para todas e todos, da vida, da saúde, da educação, da preservação do meio ambiente, do respeito às mulheres, à população negra e à diversidade; da integração soberana ao mundo, da comida no prato e, sobretudo, do compromisso inabalável com a democracia. Um Brasil de esperança, um Brasil para todos.
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