Brasília amanheceu com os vestígios dos ataques de criminosos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as sedes dos Três Poderes: o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
Além de ferir gravemente a constituição e a democracia, os atos renderam também prejuízos financeiros.
O Palácio do Planalto divulgou nesta segunda-feira (9) uma lista prévia das obras de arte que foram destruídas na invasão ao prédio por criminosos no domingo (8). De acordo com o comunicado, “vândalos destruíram acervo que representa a história da República e das artes brasileiras”.
Um levantamento minucioso de todas as pinturas, esculturas e peças de mobiliário destruídas ainda está sendo feito, de acordo com a nota.
Selecionamos alguns dos itens danificados durante a invasão que aconteceu na tarde de ontem (8):
“As mulatas”, de Di Cavalcanti , principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto, com valor estimado em R$ 8 milhões.
Obra “O Flautista”, de Bruno Jorge — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil.
Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor da peça não foi informado. Segundo o governo, a recuperação do objeto é ‘muito difícil’.
Obra “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o térreo do Palácio do Planalto, após vândalos abrirem hidrantes ali instalados.
Além do acervo de valor histórico, teve também uma longa lista de destruição de materiais de escritório, equipamentos, mobília, vidros, catracas etc:
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Com informações do G1 e da CNN Brasil*