Em meio ao caos provocado pela pandemia do coronavírus no Amazonas, o Governo criou o projeto “Anjos da Saúde”, com o objetivo de humanizar os atendimentos nos hospitais e unidades de saúde do Estado. Inicialmente, o projeto passou a ser desenvolvido nas três maiores unidades da capital amazonense: 28 de Agosto, Platão Araújo e João Lúcio, com foco em dar suporte às famílias de pessoas internadas por conta da Covid-19.
As atividades do projeto estavam previstas para ter início agora em maio, mas com a situação da pandemia no estado, teve seu início antecipado para o dia 6 de abril. “Devido a situação de pandemia, foi necessário que a nossa atuação fosse imediata, para que nós pudéssemos ajudar na humanização dos atendimentos desses pacientes que estão adoecendo. Como é uma doença que precisa de distanciamento social, são pessoas que entram em uma unidade hospitalar, não podem ter acompanhantes e os familiares ficam sem notícia, eles perdem esse link do familiar com o paciente”, explicou a gerente do projeto Neila Correia.
A equipe do projeto “Anjos da Saúde” é multidisciplinar e conta com assistentes sociais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e psicólogos. Estes profissionais realizam o atendimento às famílias que têm parentes internados, fornecendo informações sobre o estado geral dos pacientes, confirmação de coleta de exames, recolhimento e distribuição de material de limpeza e higiene pessoal, realização de visitas virtuais por vídeo-chamadas e orientações de ordem geral.
“O “Anjos da Saúde vem tentar amenizar esse distanciamento, tentar amenizar essa dor. As equipes de saúde estão sobrecarregadas e ficam sem ter como lidar com os acompanhantes. (…) A gente procura confortar, tanto a família, quanto o paciente”, comentou Neila.
“Estamos trabalhando para que as pessoas não estejam o tempo todo na porta dos hospitais em busca de notícias. Também está sendo feita a visita virtual. O paciente passa por uma avaliação psicológica e nessa avaliação é dito se ele pode ou não receber uma visita virtual, através de uma vídeo-chamada, de um ente querido. É muito importante essa aproximação, mesmo que virtual”, concluiu a gerente.
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Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta