Manaus chega aos seus 350 anos na próxima quinta-feira, 24/10, e além do já tradicional Boi Manaus, a prefeitura prepara uma intensa programação cultural no centro histórico, que terá início às 17h, com a inauguração do Centro Cultural Óscar Ramos, a histórica apresentação do “Hino de Manaus”, lançamento da 9ª edição dos Prêmios Literários Cidade de Manaus e outras obras literárias, além de apresentações artísticas.
“Será uma festa marcada pela valorização da nossa cultura e tradição. Para mim essa é uma das maiores riquezas da cidade: a sua essência, a origem indígena de um povo aguerrido, que se soma às suas belezas naturais e que tonam Manaus ímpar”, destaca o prefeito Arthur Virgílio Neto.
E a valorização do Centro Histórico de Manaus tem sido uma das prioridades da gestão do prefeito Arthur, desde que assumiu novamente a prefeitura, após mais de 20 anos, em 2013. Um dos seus primeiros atos para simbolizar esse projeto de ressignificação da área central foi instalar uma sede administrativa no Centro Cultural Palácio Rio Branco, ficando os pés da sua gestão no local onde a cidade começou.
A partir daí várias ações foram realizadas, como a revitalização do Mercado Adolpho Lisboa, da Matriz, a nova Eduardo Ribeiro, o Museu da Cidade de Manaus, as Galerias Populares, o Passo a Paço e tantas outras, para devolver ao povo de Manaus seu centro histórico, sua identidade cultural.
Neste ano, na programação de Aniversário da Cidade, serão entregues as duas casas mais antigas da cidade, 69 e 77, localizadas na rua Bernardo Ramos e que passarão a abrigar o Centro Cultural Óscar Ramos. Uma homenagem a um dos mais renomados artistas do Amazonas que morreu em junho deste ano.
A casa 69 sediará a exposição permanente do Óscar Ramos. Obras como pintura, escritos, figurinos, produções, desenhos de moda do artista, objetos pessoais como mobílias utilizadas por Óscar, capas de LP’s, estarão entre os artigos e objetos expostos no local. Já a casa 77 sediará exposições temporárias de Óscar, com quadros que nunca foram expostos, entre outros materiais e obras de outros artistas.
A sala de Multiuso “Edney Azancoth”, da casa 77, contará com a performance do ator Akamouth Ysraeli apresentando “Rastros de Pessoa, poemas: Linha Reta e Tabacaria” e “Epílogo da Paixão de Ajuricaba”.
Hino de Manaus
Ainda dentro da programação, haverá a histórica apresentação do “Hino de Manaus”, tocado pela camerata da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em frente ao Paço Municipal, que hoje abriga o Museu da Cidade, entregue no aniversário da capital em 2018 e que já contabiliza mais de 70 mil visitações.
O trabalho de resgate do hino foi coordenado pelo Conselho Municipal de Cultura (Concultura) com o apoio da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom). A composição de Nicolino Milano e Thaumaturgo Sotero Vaz, datada de 1906, teve seu instrumental repaginado e foi regravada pela orquestra Amazonas Filarmônica e pelo Coral do Amazonas no Teatro Amazonas, contando agora – 16 anos após ser aprovada como hino oficial de Manaus – com partituras para orquestra, banda marcial e piano. Após a apresentação, a ideia é popularizar o hino, uma vez que o mesmo foi gravado em CD e DVD.
Ainda durante o evento, o Concultura fará o lançamento do Edital da 9ª edição dos Prêmios Literários Cidade de Manaus, que objetiva premiar, anualmente, obras inéditas, em língua portuguesa, de autores brasileiros, nos gêneros novela, conto, romance, poesia, crônicas, texto teatral, ensaios, jornalismo literário, entre outros.
A programação segue com o lançamento de obras literárias do projeto ‘Memória Reencontrada’. Serão apresentados os livros “O petróleo descobriu Nova Olinda. E o Brasil acreditou”, de Etelvina Garcia. O encerramento das festividades, no Centro Histórico de Manaus, fica por conta do Trio Remanso.
Alita Falcão / Semcom e Thaís Waughan/ Manaucult