Sob o comando de Marcelo Ramos, é grande a expectativa no meio político, entre os partidos e lideranças da esquerda, do “centrão” e da direita em relação ao que poderá acontecer nos próximos quatro dias na Câmara dos Deputados.
Essa apreensão foi gerada porque o deputado federal do PL assumiu interinamente, até o dia 10 de outubro, a presidência da Câmara. E, como presidente da mesa diretora, só ele pode colocar em pauta um dos 130 pedidos de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Ramos está na terceira cadeira de sucessão presidencial desde terça-feira (5) no lugar do titular, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL). Este viajou a Roma para participar de evento pré-COP 26.
Nós últimos meses, o agora presidente interino da Câmara dos deputados tem dito que as bases jurídicas para o impeachment de Bolsonaro estão dadas. Por exemplo, tem citado os eventos do 7 de Setembro.
Como será a gestão Ramos?
Mas, a pergunta que não quer calar é: o que fará Ramos à frente da presidência da Câmara dos Deputados?
Vai fazer uma gestão de quatro dias tranquila, sem sobressaltos, esquecer as “pautas-bombas” e priorizar votação de propostas sem grandes polêmicas? Ou vai apresentar um pedido de impeachment entre os 130 que estão na gaveta do presidente titular?
Há quem diga nos corredores da Câmara que Lira foi a Roma sossegado porque Ramos lhe garantira: “Presidente, pode ir tranquilo porque dessa floresta não vai sair onça”.
Ramos foi questionado sobre o assunto, mas até a publicação dessa matéria não houve retorno.
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