A oncologista pediátrica Paula Carvalho, que atua em Manaus, divulga orientações sobre os sintomas de doenças respiratórias que contribuem para identificar coronavírus (covid-19) e asma, por exemplo.
Conforme ela, a asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, juntamente com a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva.
Decorrentemente, é a quarta causa de internação no Brasil e pela morte de cerca de duas mil pessoas por ano. A doença atinge cerca de 235 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Brasil, a médica estima que existam aproximadamente 20 milhões de pessoas diagnosticados com asma. Para conscientizar a população sobre a doença, o 21 de junho é marcado como o Dia Nacional de Controle da Asma.
“As principais características dessa doença pulmonar são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas”.
Asma e coronavírus
Por serem portadores de uma enfermidade pulmonar, asmáticos podem se sentir especialmente ameaçados pela covid-19.
Principalmente porque a falta de ar e tosse seca também sinalizam a presença do vírus no organismo. No entanto, a especialista alerta que nos quadros alérgicos, em geral, não há febre.
“Pacientes de asma devidamente medicados não estão sujeitos a um risco maior de covid-19, contanto que sigam tomando sua medicação, em vez de suspendê-la por conta própria sem consultar o médico”.
Além disso, Paula recomenda a manutenção dos cuidados preventivos, como uso de máscaras, álcool gel e higienização frequente das mãos, evitando tocar no rosto.
Sintomas
De acordo com Paula, a asma tem sintomas bem característicos, mas alguns deles podem ser confundidos com os de outras doenças, como o coronavírus.
Para um diagnóstico adequado e seguro, ela recomenda consulta médica no primeiro sinal de qualquer desconforto. Entre eles, tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar, ansiedade, desconforto torácico e outros.
Fatores de risco
A médica aponta alergias, infecções, mudanças climáticas, poluição, cheiros fortes, aspectos emocionais, esforço físico e outros como fatores causadores da doença.
Tratamento
Conforme a especialista, apesar de não ter cura, o paciente que tem asma pode ter qualidade de vida e deve seguir as recomendações.
“A prática regular de exercícios físicos é fundamental para pacientes com asma sob controle, já que amplia a capacidade respiratória”.
Dessa maneira, ela sugere ainda medidas simples de controle ambiental para diminuir o contato com os ácaros e com o pó doméstico.
Por exemplo, deixar o ambiente do convívio diário, principalmente o quarto, limpo e arejado; a limpeza deve ser diária com aspirador e pano úmido, sem produtos com cheiro forte; não usar vassouras, pois espalham a poeira fina, que ficará em suspensão e voltará a se depositar- retirar tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, estantes com livros, bichos de pelúcia, enfim, tudo que facilite o acúmulo de pó; encapar colchões e travesseiros com tecido específico, para criar uma barreira física contra o ácaro; e evitar animais dentro de casa.
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Com informações do Portal BNC*