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    Amazonas registra queda de 14% no consumo de oxigênio medicinal

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    O consumo de oxigênio medicinal na rede de saúde do Amazonas (incluindo unidades públicas e privadas) vem apresentando redução, na segunda quinzena de fevereiro, e já chega a 71,3 mil metros cúbicos/dia (do dia 16 ao dia 22), segundo dados do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19. O número é 14% menor que a média registrada em janeiro de 2021, que fechou em 83 mil metros cúbicos/dia.

    A redução tem sido gradativa e leva em consideração a soma de diversos fatores, como a revisão da rede de gases medicinais nas unidades de saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), evitando, assim, eventuais desperdícios; a adequação de um novo protocolo visando o uso racional do insumo, tanto em leitos clínicos quanto nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs); a redução nas internações diárias em unidades como prontos-socorros e Serviços de Pronto Atendimento (SPAs), ocasionada pela queda na procura de atendimento; e a remoção de parte dos pacientes com Covid-19 para outras unidades da federação, entre outros.

    A desaceleração na transmissão do novo coronavírus também foi essencial para a diminuição nas internações. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), em janeiro, a taxa Rt, a taxa de retransmissão do vírus, era de 1,30. Hoje, é de 0,92. Na prática, significa que cada grupo de 100 pessoas pode transmitir o vírus para outras 92 pessoas, e não mais para 130. No início do ano, o Amazonas era o primeiro em taxa de transmissão no país. Hoje, é o 25º no ranking das unidades federativas, ocupando a antepenúltima colocação.

    O recuo do percentual no consumo de oxigênio ocorre em um momento em que o Amazonas alcançou o equilíbrio entre oferta e demanda pelo produto, cujo consumo foi potencializado, em janeiro deste ano, a partir do aumento súbito no número de internações de pacientes acometidos pela Covid-19 no Estado.

    Plano de contingência – A situação no início do ano levou à escassez de O2 e resultou na execução de um plano de contingência, coordenado pelo Governo do Amazonas em parceria com o Governo Federal e a empresa fornecedora White Martins, que incluiu o transporte de oxigênio de outros estados para o Amazonas, através dos três modais: terrestre, aéreo e fluvial.

    Requisições de produção de outros fornecedores e de estoque de indústrias locais, além de doações de pessoas físicas e jurídicas e de governos, também contribuíram com o reforço no abastecimento.

    O apoio do Governo Federal tem sido fundamental na busca pelo equilíbrio do fornecimento de oxigênio, com ações executadas pelo Ministério da Saúde e da Defesa, em especial com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e navios da Marinha no plano de logística.

    Além disso, a produção de oxigênio medicinal foi ampliada e o Estado passou a contar com 32 miniusinas, instaladas em Manaus e no interior, com o suporte da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), e que hoje geram, de forma independente, 16 mil metros cúbicos do insumo ao dia.

    A previsão é que outras 42 sejam implantadas nas próximas semanas, sendo que 29 delas estão em fase final de aquisição pela SES-AM, e ajudarão no pontapé inicial para o processo de autossuficiência do interior na geração de O2.  Parte dos equipamentos foi doada pelo Ministério da Saúde, pelo Hospital Sírio-Libanês/Fundação Itaú, e por movimentos da sociedade civil.

    Medidas de prevenção – Apesar da diminuição no consumo de oxigênio medicinal, autoridades em saúde reforçam que o momento ainda é de alerta e que as recomendações, como o uso de máscaras, de álcool gel e o distanciamento social, precisam ser mantidas, evitando, assim, que a curva da Covid-19 volte a subir no Amazonas. Na última semana, o Amazonas passou da fase roxa (a mais grave da pandemia) para a vermelha.

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