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    Guia rápido do Festival de Parintins

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    A 57ª edição do Festival Folclórico de Parintins está chegando, e este ano promete ser um dos mais importantes da história da celebração. A partir de 2024, os Estúdios Globo farão parte da cobertura do festival, que acontecerá entre os dias 28 e 30 de junho, e os três dias de apresentação serão transmitidos a nível nacional pela Globoplay, Multishow e Globo Internacional, além da Rede Amazônica e a tradicional transmissão pela Acrítica.

    O Festival Folclórico de Parintins é uma das mais importantes e populares celebrações culturais do Brasil, e a maior festa do estado do Amazonas. No Brasil, os únicos festivais que reúnem mais pessoas para uma mesma celebração são o carnaval de Salvador e do Rio de Janeiro.

    Não conhecia o festival ainda? A Gazeta da Amazônia preparou um guia rápido pela história da festa, como ela funciona e sobre a cidade de Parintins, onde ele acontece:

    O que é o Festival de Parintins?

    O festival ocorre anualmente, sempre no fim do mês de junho, e mistura teatro, música, dança e rituais folclóricos. O festival tem suas origens nas festas juninas e nas tradições folclóricas do boi-bumbá do Maranhão, uma manifestação cultural que mistura influências indígenas, africanas e portuguesas.

    A história do festival remonta à década de 1910, quando os bois foram fundados, representando o folclore do boi-bumbá, uma tradição local que incorpora lendas e rituais amazônicos. Em 1965, o evento foi oficialmente estabelecido para arrecadar fundos para a construção da Catedral Nossa Senhora do Carmo, e só tem crescido em relevância desde então.

    Hoje, o Bumbódromo é o palco central do festival, que é uma competição entre duas agremiações: O Boi Garantido (vermelho e branco) e o Boi Caprichoso (azul e preto).

    Bois Caprichoso (à esquerda) e Garantido (à direita), que competem no Festival de Parintins.
    Bois Caprichoso (à esquerda) e Garantido (à direita), que competem no Festival de Parintins. FOTO: Divulgação/Secom

    Cada boi encena uma apresentação complexa, envolvendo 21 quesitos julgados por jurados especializados. Cada boi tem seu próprio tempo de apresentação, durante o qual suas toadas (músicas) e performances são avaliadas.

    A disputa é decidida pela pontuação acumulada ao longo das três noites, com critérios que vão desde a apresentação musical até a organização do conjunto folclórico. Os jurados avaliam cada um dos 21 itens e, ao final, é declarado o vencedor.

    Auto do Boi

    O tema e as toadas do festival são renovados todo ano, mas a história contada nos três dias de apresentação é sempre inspirada pelo Auto do Boi, a lenda do folclore brasileiro que deu origem ao boi-bumbá tradicional maranhense.

    Boi Caprichoso com o Amo do Boi, durante apresentação do Festival de Parintins.
    Boi Caprichoso com o Amo do Boi, Prince do Caprichoso, durante apresentação do Festival de Parintins. FOTO: Jeiza Russo

    O Auto do Boi conta a história de Catirina, esposa do vaqueiro Pai Francisco, que, estando grávida, sente um desejo incontrolável de comer a língua do boi favorito do Amo, um fazendeiro rico.

    Para satisfazer o desejo de sua esposa, Pai Francisco mata o boi, causando desespero no Amo. Ao descobrir o crime, o Amo do Boi busca ajuda de curandeiros e pajés para ressuscitar o animal. Após várias tentativas e rituais, o boi revive, e agora celebra e dança coberto por panos e adereços.

    Na versão da história contada no Festival de Parintins, levam destaque cinco dos personagens retratados na lenda:

    • Boi-bumbá, o grande protagonista da festa. Adornado em vermelho e branco (Garantido) ou preto e azul (Caprichoso), o boi dança, pula e faz acrobacias com os outros personagens que aparecem durante a encenação da história;
    • Amo do Boi, também chamado de Apresentador, que serve como narrador e mestre de cerimônias do espetáculo. Ele conta as histórias e interage com o público, guiando as três horas de apresentação;
    • Sinhazinha da Fazenda, que representa a filha do dono do boi. Na história, ela é uma menina jovem e graciosa, tão encantada pelo bumbá quanto seu pai e que é vista acompanhando o Boi em danças e brincadeiras;
    • Cunhã-poranga, personagem que é definida pelo significado de seu nome em tupi-guarani: “moça bonita”. Na história, ela é uma mulher indígena que chama a atenção pela sua beleza e força na aldeia do Pajé;
    • Pajé, o poderoso curandeiro responsável pela ressurreição do boi. No festival, mostra o poder dos rituais de cura dos povos indígenas da Amazônia.
    Porta-estandartes do Caprichoso, Marcela Marialva (à esquerda) e do Boi Garantido, Daniela Tapajós (À direita).
    Porta-estandartes do Caprichoso, Marcela Marialva (à esquerda) e do Boi Garantido, Daniela Tapajós (À direita). FOTO: Divulgação/Secom

    Há, ainda, a presença de outros personagens importantes no festival, como a Porta-estandarte, a Rainha do Folclore e os Levantadores de Toadas de cada Boi; estes não fazem parte da história original, mas foram integrados na trama do Festival de Parintins como figuras que reforçam a presença da cultura popular amazônica na festa.

    Parintins

    Vista aérea de Parintins, a Ilha Tupinambarana.
    Vista aérea de Parintins, a Ilha Tupinambarana. FOTO: Pedro Coelho/Divulgação.

    O palco de uma das maiores festas do Brasil é o município de Parintins, no interior do Amazonas. Situada na margem direita do rio Amazonas, a cidade, que também é chamada de Ilha Tupinambarana, é conhecida por seu ambiente natural exuberante, com rica biodiversidade e paisagens amazônicas impressionantes.

    Fundada em 1796, Parintins tem uma população que gira em torno de 100 mil habitantes e suas principais atividades econômicas são a pesca, a agricultura e o turismo trazido pelo festival.

    O que fazer em Parintins

    Apesar de pequena, Parintins não pode ser subestimada; a ilha se transforma em um grande palco cultural em junho, com uma extensa infraestrutura que suporta o fluxo de visitantes durante o festival, com uma rede de hotéis, restaurantes e outros serviços turísticos.

    A cidade conta, ainda, com diversos espaços históricos, como o Mercado Municipal Leopoldo Neves — o destino ideal para quem quer adquirir uma amostra do artesanato tradicional da região amazônica — o Porto de Parintins e casarões que remontam à época áurea da borracha.

    Catedral de Nossa Senhora do Carmo, no coração de Parintins.
    Catedral de Nossa Senhora do Carmo, no coração de Parintins. FOTO: Reprodução

    No coração da cidade, é possível conhecer a Catedral de Nossa Senhora do Carmo. Na época do Festival Folclórico, a praça é tomada por eventos e atividades e é point de encontro. No local, é possível subir na torre de 40 metros de altura e admirar a paisagem do município.

    Como chegar em Parintins?

    Como Parintins é uma ilha no interior do estado e não existe uma rodovia que ligue a capital Manaus até o município por terra, existem duas opções principais de transporte: avião e barco. Ambos possuem suas peculiaridades e escolher a melhor opção depende de fatores como preço, tempo e experiência. Confira um pouco mais sobre cada alternativa:

    De avião

    É possível chegar a Parintins por meio de voos diretos de Manaus, que têm duração aproximada de 1 hora ou 40 minutos, dependendo da aeronave. Em 2023, a Azul vai ampliar o número de voos para Parintins de maneira recorde, rivalizando até com a ponte Rio-São Paulo.

    De barco

    Navios são a forma mais tradicional de chegar a Parintins para o Festival, e em muitos deles a festa começa já a bordo.
    Navios são a forma mais tradicional de chegar a Parintins para o Festival, e em muitos deles a festa começa já a bordo. FOTO: Reprodução

    Outra opção é chegar a Parintins de barco. A cidade é acessível por meio de transporte fluvial, navegando pelos rios Amazonas e Madeira.

    Existem barcos regionais que fazem o trajeto de Manaus a Parintins, com uma duração média de 20 horas de viagem. Essa opção é mais demorada, mas proporciona uma experiência única de conhecer a paisagem e a vida ribeirinha da região amazônica, além de impulsionar o turismo no Amazonas.

    Os visitantes que queiram chegar em menos tempo podem optar pela linha de lanchas rápidas.

    Onde se hospedar?

    Pretende ir a Parintins para acompanhar o festival? A Gazeta da Amazônia também possui um guia de hospedagem em Parintins, com opções de hotéis, pousadas e outras alternativas para a temporada. Vale lembrar que as vagas em hospedagem são concorridas nas semanas anteriores ao Festival, então se planeje com antecedência!

    Amazonas To Go

    Amazonas To Go é uma ferramenta da Amazonastur que pode ajudar visitantes que querem conhecer o Festival de Parintins.
    Amazonas To Go é uma ferramenta da Amazonastur que pode ajudar visitantes que querem conhecer o Festival de Parintins. FOTO: Divulgação/Secom

    Se você está visitando Parintins pela primeira vez, é normal que existam dúvidas levantadas durante os passeios. Com tantas opções de atividades, é natural que seja necessário certo nível de orientação. Para isso, existe um serviço do Governo do Amazonas voltado a turistas que estão conhecendo a região: O Amazonas To Go.

    O Amazonas To Go é uma ferramenta da Amazonastur que oferece informações rápidas, fáceis e seguras sobre locais para comer, se hospedar e contatos de guias credenciados, tudo ao alcance da palma da mão através do aplicativo de mensagens WhatsApp.

    Pelo Amazonas To Go, é possível acessar informações por meio das seguintes opções:

    • conheça a cidade;
    • comunidades indígenas;
    • onde ficar;
    • onde comer;
    • serviços;
    • agências de turismo;
    • casas de espetáculo e eventos;
    • artesanato;
    • serviços turísticos especializados;
    • transportadoras turísticas e locadoras;
    • guias de turismo;
    • como chegar;
    • telefones úteis.

    Além de estar disponível em português, inglês e espanhol, o serviço pode ser acessado através de QR Codes espalhados na cidade ou pelo https://qrfacil.me/Qqdds6kr.

     

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