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    Tragédias climáticas no Brasil e no mundo

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    Tragédias climáticas têm impactado diversas regiões do Brasil e do mundo, deixando um rastro de destruição e perdas irreparáveis. Alterações climáticas têm intensificado fenômenos como tempestades e inundações, colocando comunidades em risco e desafiando a infraestrutura existente.

    A tragédia climática no Rio Grande do Sul já ocasionou mais de 147 óbitos confirmados, até essa última terça (14). Este, no entanto, não é o primeiro desastre causado por chuvas torrenciais no Brasil. Confira a seguir!

    Tragédias climáticas no Brasil

    Em fevereiro de 2023, o Litoral Norte de São Paulo foi afetado pelas maiores chuvas da história do país registradas em 24 horas, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    O temporal ocasionou alagamentos e deslizamentos de encostas no trecho da rodovia Rio – Santos. Foram 65 óbitos.

    Tragédia Litoral Norte de São Paulo (Foto Reprodução)
    Tragédia Litoral Norte de São Paulo (Foto Reprodução)

    Em 2021, 72 municípios da Bahia foram afetados pelas fortes chuvas no estado. De acordo com a Defesa Civil foram mais de 16.00 desabrigados, 19.500 desalojados e cerca de 430.869 mil pessoas foram atingidas pelas tempestades e alagamentos.

    72 cidades na Bahia em 2021 (Foto: Reprodução)
    72 cidades na Bahia em 2021 (Foto: Reprodução)

    E em 2011, quando ocorreu a maior tragédia climática do país, com mais de 900 mortes, na região serrana do Rio de Janeiro. Fortes chuvas provocaram enchentes e deslizamentos em sete municípios – foi classificado pela ONU como o 8º maior deslizamento ocorrido no mundo nos últimos 100 anos.

    Tragédias climáticas no Brasil (Foto Reprodução)
    Em 2011, chuva na Região Serrana deixou mais de 900 mortos (Foto Reprodução)

    Tragédias Climáticas também ocorrem em outras partes do mundo

    Nos últimos dias, países asiáticos também estão sofrendo com as inundações. No norte do Afeganistão já morreram cerca de 300 pessoas e 200 estão feridas, devido à “enchente relâmpago”, que não permitiu que medidas para redução de danos fossem tomadas.

    Para a Agência de notícias Reuters, um morador da região Muhammad Yahqoob, afirmou que a comunidade está sem comida, sem água potável, sem abrigos e cobertores.

    Outros países como a Tanzânia e o Quênia também foram fortemente atingidos por semanas de chuvas torrenciais e inundações trazidas pelo ciclone tropical Hidaya.

    No último mês, cidades da China e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, enfrentaram fortes chuvas, o que causou um rastro de destruição.

    Explicações para desastres ambientais

    As razões por trás dessas catástrofes estão associadas às alterações climáticas. Pesquisas globais indicam que, à medida que a temperatura média global sobe, também aumenta a probabilidade de ocorrência de fenômenos climáticos severos.

    Para o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e co-presidente do Painel Científico para a Amazônia, Carlos Nobre, esses desastres possuem tendência de serem mais frequentes em todo o mundo.

    “O Instituto Climático Copernicus mostrou que foram os anos mais quentes em 125 mil anos. Para ver a temperatura a que o planeta Terra chegou no ano passado e neste ano, tem que ir ao último período interglacial, 125 mil anos atrás. Esses fenômenos extremos, quando os oceanos estão muito quentes, marcaram recordes no ano passado e neste ano. Com isso, evapora muita água, e a água é o alimento de chuvas muito intensas em um lugar ou de seca em outro”, ressaltou.

    Ações tomadas ao redor do mundo

    Como forma a minimizar esses quadros, alguns países adotam medidas para garantir a drenagem da água, como as cidade-esponja – que é a adaptação do espaço urbano às mudanças climáticas, capaz de absorver a água de períodos de chuva intensa e até reutilizá-la depois, na seca.

    A Holanda possui um case de sucesso, quando se fala em prevenção às enchentes. Nas inundações que ocorreram na Europa em 2021, por exemplo, o país não foi submerso e nenhuma pessoa morreu.

    Sua infraestrutura para gerenciamento de água está entre as mais avançadas do mundo, incluindo enormes barreiras com braços móveis que se estendem pelo comprimento de dois campos de futebol, dunas costeiras que são fortalecidas anualmente com aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de areia, além de medidas mais simples como diques, que permitem que os rios tenham mais espaço para crescer ao rebaixar seus leitos e alargar suas margens.

    *Yanka Senna

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