Mesmo com a derrota na comissão especial, a PEC 135/19 que propõe o voto impresso auditável deve ser apreciada no plenário da Câmara dos Deputados entre amanhã(10) e quarta-feira(11). A bancada amazonense divide opiniões sobre a pauta.
Segundo o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), o voto impresso virou uma bandeira ideológica defendida por bolsonaristas e já adiantou que não será favorável.
“Acredito que a votação acontecerá na terça e PEC será derrotada. Equivocadamente transformaram ela em uma bandeira contra a democracia, eu posso votar e votarei contra”, pontuou.
Para José Ricardo (PT-AM), a derrota da PEC na comissão especial demonstra o enfraquecimento da proposta e será apenas mais um desgaste para Bolsonaro quando a PEC for ao plenário.
“Esse resultado é uma derrota para o presidente, que fica com essa tese do voto impresso. Temos que cuidar do Brasil e da vida do povo, e não ficar com essa ‘cortina de fumaça’, desviando dos vários problemas atuais e inventando essa questão do voto impresso”, criticou.
Membro da comissão especial e que também votou contra a PEC, o deputado federal Bosco Saraiva (Solidariedade) manterá seu posicionamento. “O voto eletrônico, no atual formato, é plenamente confiável”, disse.
Já os deputados Silas Câmara (Republicanos) e capitão Alberto Neto (Republicanos), que têm apoiado a atual gestão, disseram que são favoráveis ao voto impresso por ser um “avanço para democracia brasileira” e é uma forma de “transparência”.
Sidney Leite, Átila Lins e Delegado Pablo não se manifestaram sobre o assunto.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) espera levar a PEC ao plenário na terça-feira(10), embora admita que a possibilidade de aprovação da pauta seja baixa. A PEC já possui derrotas na comissão especial e nas siglas dos partidos.
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