A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, sobre o voto impresso nas eleições, vai se reunir para votar o parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), na próxima quinta-feira(15).
Na última segunda(5), a discussão sobre o relatório foi encerrada e 8 deputados de oposição apresentaram votos que pedem rejeição da PEC.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora da proposta, afirmou que a impressão do voto vai assegurar auditorias independentes nos pleitos eleitorais. Após o voto, o eleitor terá acesso à uma cédula física para conferência e em seguida essa cédula deverá ser depositada em urnas indevassáveis.
“A impressão do voto ou o rastro de papel, consubstanciado na materialização do voto eletrônico, é a solução internacionalmente recomendada para que as votações eletrônicas possam ser auditadas de forma independente”, defendeu.
Caso a PEC seja aprovada pela comissão especial, ela será encaminhada para votação em dois turnos no Plenário da Câmara.
“Não há ambiente para aprovação”, diz Marcelo Ramos
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), disse à rádio Jovem Pan que não há ambiente para aprovação do voto impresso na Casa e reafirmou a segurança das urnas eletrônicas. Além disso, para o deputado, o tema só tem sido recorrente nos discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após ele não ter uma boa aprovação por parte dos brasileiros, segundo apontam pesquisas.
“O mais engraçado é que o presidente já disputou oito eleições no voto eletrônico e nunca questionou o resultado. Agora que ele aparece mal nas pesquisas ele começa a duvidar da urna eletrônica. Acho que esse é um debate extremamente desnecessário nesse momento tão sensível do país. O país tem coisas muito mais importantes para discutir”, declarou.
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