O Exército anunciou que não vai punir o general da ativa e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello por participar de um ato político em prol do presidente Jair Bolsonaro, realizado no último dia 23 de maio.
Por meio de nota, divulgada na quinta-feira(3), o Comando do Exército afirmou que colheu os argumentos apresentados por Pazuello e após análise “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado”, destacou no comunicado.
De acordo com o regulamento disciplinar do Exército, que se aplica a militares da ativa, da reserva e a aposentados, são listadas 113 transgressões possíveis. Uma delas se refere a atitude de Pazuello: “Manifestar-se publicamente o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza política”. Até então, não há informação se o general da ativa tinha autorização dos seus superiores para participar do ato pró-bolsonaro.
O vice-presidente da Câmara e deputado federal pelo Amazonas, Marcelo Ramos(PL), discordou da decisão do Exército e afirmou que isso pode comprometer a instituição.
“O Exército não decidiu arquivar a denúncia contra Pazuello. O Exército decidiu que agora militar pode participar de manifestações políticas como bem entender. Isso não será bom para uma instituição que tem o respeito do povo brasileiro”, disse por meio de suas redes sociais.
Destino de Pazuello teria sido debatido em São Gabriel (AM)
Antes de sair a decisão sobre Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro e o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, vieram juntos até o Amazonas para inaugurar uma ponte em São Gabriel da Cachoeira (AM).
Na ocasião, o presidente teria pedido ao general para não punir o ex-ministro da saúde pelo ato.
Leia mais:
Rio Negro alcança 29,99 metros nesta sexta, maior marca histórica
Aprovada criação do programa Sinal Vermelho contra Violência Doméstica
Amazonas recebe 99 mil doses de vacina contra covid-19