sexta-feira, julho 26, 2024
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    Coronavírus derruba 66% do faturamento do turismo no Amazonas

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    O setor de turismo no Amazonas registrou uma queda de 66% no faturamento devido às medidas de isolamento social adotadas em virtude da pandemia de covid-19.

    O setor registrou ainda redução de 72% do faturamento das agências de turismo e de 70%, na área de hospedagens.

    Os dados fazem parte da Pesquisa-Raio X do Turismo Frente à Covid-19, realizada no mês de abril, pela Rede Observatório de Turismo da Universidade do Amazonas em parceria com a Amazonastur para avaliar os efeitos da crise sanitária no turismo do estado.

    A pesquisa destaca o mês de março como o início do comprometimento nas finanças de quem opera com o turismo.

    Naquele mês, 54,6% sentiram a queda do faturamento (porém isso já havia ocorrido para 30,3% em fevereiro), 60,6% tiveram o cancelamento de reservas, 50% tiveram que reembolsar clientes, 51,5% tiveram adiamento de serviços contratados e 53% tiveram serviços cancelados.

    De acordo com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a pandemia de covid-19 afetou duramente o turismo e outras atividades, como o artesanato e a pesca esportiva, acarretando em redução da renda de pequenos e médios empreendedores do estado, que dependem principalmente do turismo e dos visitantes.

    Segundo os dados da FAS, os prejuízos atingem várias áreas, como o baixo Rio Negro, que concentra algumas das principais pousadas da região.

    Proprietário de uma pousada, Roberto Brito disse que as perdas com reservas e pacotes cancelados, entre março e maio, quando não houve hóspedes, chegaram a quase R$ 64 mil.

    No mesmo período do ano passado, o faturamento foi de R$ 51 mil.

    “Essa é a pior crise que eu já tive como empreendedor e como morador ribeirinho”, disse Brito.

    Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, as perdas das pousadas esportivas devem acumular R$ 2 milhões em cancelamentos neste ano.

    Grupos que vivem da venda de artesanatos de madeiras, fibras, sementes, pedras e cipós coletados na floresta no RDS do Rio Negro, deixaram de comercializar pelo menos R$ 8,5 mil entre março e maio.

    Aliança

    Para ajudar a população que depende da cadeia do turismo para viver, a FAS criou a Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus.

    O grupo funciona com o apoio de 69 parceiros, entre instituições públicas e privadas, empresas e prefeituras.

    Os recursos arrecadados pela articulação são utilizados para atender às particularidades de cada região do Amazonas no combate à covid-19.

    “A Aliança foi criada no auge da pandemia no Amazonas com a finalidade de enfrentar a covid-19 com ações emergenciais, como a doação de alimentos e ações pontuais de saúde. Grande parte das comunidades do Amazonas ficaram isoladas tanto pela distância quanto pelo medo do contágio do vírus e o necessário isolamento. A Aliança veio para atenuar dando suporte para as comunidades ribeirinhas, indígenas e populações tradicionais. Isso foi fundamental para ajudar essas comunidades que precisavam de apoio”, disse o coordenador de empreendedorismo da FAS, Wildney Mourão.

    Campanha

    Como alternativa, em setembro, foi lançada uma campanha para divulgar o retorno gradual do turismo local.

    São filmes exibidos nas redes sociais contando a história de cada pousada e mostrando o caminho para chegar até elas.

    Segundo Mourão, a campanha tem funcionado e a demanda, aumentado. As comunidades têm tentado converter isso em venda e reservas de pacotes.

    “Obviamente que a covid-19 está presente e isso tem sido um grande desafio, ao equilibrar a saúde e a vida das pessoas da comunidade com a presença de turistas”.

    A ideia é aproveitar o chamado Verão Amazônico, iniciado em setembro, e investir no turismo doméstico, chamando o próprio amazonense e o nortista a olhar para a região com mais orgulho, valorizando os destinos próximos.

    “É importante que o amazonense e o nortista olhe para isso e consiga reconhecer valor nas experiências na floresta, nos rios, com as pessoas, com a vivência amazônica para que isso tudo possa ser convertido em valor”, explicou.

    Leia mais:
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    Com informações da Agência Brasil*

     

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