A escolha da cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) de Manaus, realizada nesta quinta-feira (19), acabou em tumulto, troca de acusações e até agressão física. Na ocasião, tomaram posse os novos membros do Diretório Municipal, definidos na última eleição interna da sigla. A confusão começou logo em seguida, no momento da votação para os cargos de presidente e vice-presidente.
O resultado dessa votação contrariou um acordo que havia sido anunciado por duas correntes petistas, conhecidas no partido como tendências: a Renovação Unidade na Luta (RUL), liderada pelo sindicalista Valdemir Santana, e a Resistência Socialista (RS), da qual faz parte o deputado José Ricardo. De acordo com o pacto, a RUL ocuparia a presidência do diretório por dois anos e seria substituída pela RS no comando partidário durante a segunda metade do mandato.
Para viabilizar o acordo, inicialmente Santana assumiria a presidência, com um vice da Resistência Socialista. Mas a Renovação Unidade na Luta acabou se unindo à tendência Movimento PT, do deputado Sinésio Campos, que venceu a disputa pela vice-presidência. Em resposta, integrantes da RS acusaram os outros dois grupos de deslealdade, o que elevou a temperatura da reunião. Um dos representantes da Resistência no diretório, Elton Aleme, levou um soco no rosto.
Aliados de Aleme atribuíram a agressão a um assessor de Sinésio. Outros auxiliares do deputado estadual teriam ameaçado tomar celulares de militantes da Resistência Socialista que filmavam discursos de integrantes da tendência contra a quebra do acordo. Membros da RS apontaram Sinésio como o maior responsável pela reviravolta, que teria como objetivo atrapalhar a pré-candidatura de José Ricardo a prefeito de Manaus.
Da redação, do Portal Projeta