sexta-feira, julho 26, 2024
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    Santaella e a representação do Norte em rede nacional

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    Com 21 anos, Matheus Santaella é um dos nomes promissores da cena musical do Amazonas, e recentemente se destacou nacionalmente pelo desempenho no reality show ‘The Four Brasil’, uma produção da emissora Record apresentada pela veterana Xuxa.

    O programa funciona com um formato parecido com o The Voice ou Ídolos, a diferença crucial é que não selecionam calouros para se apresentar: as cantoras e os cantores que se apresentam no ‘The Four Brasil’ já possuem uma bagagem mas ainda não são conhecidos pela grande mídia. Caso de Matheus, que ainda na escola formou sua primeira banda, a Sinon, e, com uma parte dos integrantes após se formar na escola, foi em busca de qualificação e visibilidade por meio da música na capital paulista.

    Sobre a experiência no programa, Matheus conta:

    “O programa já começa com os quatros finalistas, que eles selecionam através das audições. Esses quatro sentam nas quatro cadeiras principais e a medida que o programa vai passando vão chegando desafiantes pra tirar essa pessoa da cadeira, aí a grande final são todos os que ficaram nessas quatro cadeiras. Consegui passar quatro semanas na cadeira e saí na semifinal, foi uma experiência difícil e nova, nunca tinha participado de uma competição desse tipo e foi uma oportunidade muito boa”

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    Trajetória

    A família de Matheus é composta por músicos, seu pai, Deozimar Fonseca é um dos grandes nomes do forró em Manaus e sua mãe é jornalista e também toca piano e violão. Segundo ele, o gosto pela música vem do berço, já que os mais sempre o incentivaram muito a cantar e tocar. “Quando tinha 12 anos de idade resolvi montar com amigos a banda Sinon, a gente tocou durante seis anos e abrimos shows do Capital Inicial, Natiruts, Cpm22, Nxzero e várias bandas nacionais que vinham pra Manaus”, lembra.
    As referências no som autoral de Santaella estão entre a MPB e o Soul.
    Matheus decidiu ir para São Paulo cursar Produção Musical junto com seus amigos da banda Sinon em 2017. Com duração de um ano, Matheus finalizou o curso e em 2019 arregaçou as mangas em busca do reconhecimento e ampliação de seu trabalho.
    “Quando surgiu a oportunidade de entrar no reality The Four Brasil foi muito bom pra mim, um dividisor de águas, acredito que tudo que eu aprendi foi justamente pra chegar nesse momento e conseguir entregar o melhor maneira possível de mim. Tenho certeza que se não tivesse em São Paulo essa oportunidade não iria acontecer”, conta Matheus se referindo à diáspora cultural que existe entre as outras regiões do país e o centro da indústria cultural que tem sido São Paulo.

    Público

    Matheus foi eliminado do reality um programa antes da final. A produção do ‘The Four Brasil’ realizou uma repescagem onde todos os cantores que já haviam ocupado cadeiras no reality poderiam voltar, nesse momento a ajuda que veio de casa foi muito bem vinda. “Comecei a movimentar as redes sociais e fazer uma mobilização na internet, as pessoas de Manaus ficavam em peso me ajudando a votar e a minha volta pra cá com esses também é uma forma de agrecedecer a essa galera, pelas coisas incríveis que me proporcionaram. Me senti muito bem com a resposta deles”, conta Santaella.

    O retorno de Matheus à Manaus após a temporada no programa aconteceu ainda em Maio. Shows intimistas em restaurantes e casas noturnas marcaram a volta de Matheus e também no Teatro da Instalação, no Centro Histórico da Cidade.

    “Em agosto começo a gravar meu álbum de maneira independente sem ligação com nenhuma gravadora. Preparei os shows pra levar até São Paulo e também trabalhei em conteúdos pra manter o público mais próximo”, segundo Matheus a dificuldade na capital amazonense tem a ver com a maneira de enxergar a cultura na cidade.

    “O pouco incentivo à cultura em Manaus não vem somente do setor público, em São Paulo muitas empresas costumam investir nos artistas pra fazer acontecer. Apesar de termos muita gente boa aqui acontece muita panelinha quando se consomem somente o forró, sertanejo, muito do mesmo… Temos um cenário muito forte do raggae, no rap e as pessoas precisam sair daqui pra ter visibilidade, as pessoas precisam se abrir pro que tem de bom e novo sendo feito na nossa cidade”, enfatiza.

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