A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgados em 2015. Muitas delas são drogadas e perdem a consciência. Pensando em diminuir a incidência de estupros, três alunas do ensino médio criaram um canudo que detecta drogas na bebida.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 7 em cada 10 mulheres no mundo já foram ou serão violentadas em algum momento da vida. Este é um cenário que, infelizmente, não apresenta mudanças. Por causa disso, o medo que muitas mulheres sentem ao sair para as baladas e serem dopadas com a famosa droga ‘Boa noite, Cinderela’ é real.
Mas, por causa do projeto das três amigas Victoria Roca, Susana Cappelo e Carolina Baigorri, as mulheres podem sair se sentindo mais seguras. As estudantes norte-americanas criaram um canudo que reage às drogas mais usadas nessa modalidade de abuso – roupinol, GHB e quetamina, indicando sua presença através da mudança de cor de duas faixas em sua ponta, que se tornam azuis.
“Sabemos que não é uma solução pois não acaba com o estupro, mas esperamos que diminua a incidência de estupros e de situações perigosas que você pode passar por conta dessas drogas”, diz Baigorri. A ideia é permitir que as pessoas saibam o que pode haver em sua bebida antes de ingeri-la.
“A ideia começou como um projeto escolar e agora tem a chance de virar um negócio. Mas mais do que isso, um negócio que pode proteger milhões de mulheres do estupro. Queremos que ele seja o mais acessível possível “, conta Susana Cappello.
A patente do canudo está em processo de registro. Em breve, as meninas planejam convocar financiamento coletivo para a fabricação do canudo que poderá ser comprado individualmente. Ele também deve chegar a estabelecimentos comerciais.