Atos favoráveis ao governo Jair Bolsonaro estão marcados para acontecer no próximo domingo (26) por todo o país. Em Manaus, a mobilização terá como palco a orla da Ponta Negra, às 15h. O presidente da República informou que não irá participar do movimento e orientou ministros a fazerem o mesmo.
Há atos previstos em pelo menos 60 cidades, em todas as capitais e no Distrito Federal. As pautas das manifestações são: a aprovação da reforma da Previdência, do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro e a votação da medida provisória 870, que trata da reforma administrativa.
Alguns grupos defendem ainda o enfrentamento ao Centrão e também a criação da CPI da Lava Toga, para investigar o que qualificam como ativismo por parte de integrantes do poder Judiciário.
O presidente informou, durante café da manhã com jornalistas no Planalto na quinta-feira, que não irá aos atos previstos em várias capitais do País e que “quem defende o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional está na manifestação errada”.
A mobilização de apoio ao governo foi marcada como uma resposta aos protestos contra o contingenciamento de verbas para a Educação, que levou milhares às ruas no último dia 15.
MBL e Vem Pra Rua não vão participar
Segundo o jornal Estadão, dois dos mais importantes movimentos não vão participar dos atos. O Movimento Brasil Livre (MBL) afirmou que as manifestações são “estranhas” e se colocou contra pautas que considera antirrepublicanas, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), pedido por uma parcela dos manifestantes. O líder do grupo, deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), criticou em seu Twitter a demonização da política.
“Quando vão entender que demonizar o Congresso é péssimo pra aprovação da previdência, principal pauta do governo?”. “O MBL não participará das manifestações principalmente pelas pautas de fechamento ou invasão do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Com idolatria cega corre-se o risco de ser um PT ou uma CUT azul”, afirmou.
Já o Movimento Vem Pra Rua emitiu nota dizendo que as pautas não estavam em sintonia com o que o grupo defende. “O Vem Pra Rua não apoia políticos nem partidos (…) Respeitamos o equilíbrio institucional dos poderes da república e acreditamos que as críticas pontuais que tem de ser feitas devem respeitar a sua integridade. A democracia não pode prescindir de poderes fortes e independentes.”