sexta-feira, outubro 11, 2024
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    Bioeconomia: cientistas, empresários e Embaixada Alemã se reúnem em Manaus

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    Com a necessidade de diversificar a fonte de renda do Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com a Aliança para a Bioeconomia da Amazônia (ABio) e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), reunirá em Manaus, nesta terça-feira (21) uma comitiva da Alemanha, composta de cientistas e empresários da área de plantas medicinais, com apoio da GreenRio, e representantes do governo alemão e da Embaixada Alemã em Brasília.
    O evento acontece às 9h, no auditório da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), localizado na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA/UEA), na avenida Carvalho Leal, nº 1.777, Cachoeirinha, zona sul de Manaus.

    Durante o Seminário Brasil-Alemanha de Bioeconomia (21) estarão presentes, além do reitor da UEA, Cleinaldo Costa, o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida, e o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura do Brasil, Fernando Schwanke.

     

    Ao longo do evento, representantes do Instituto de Pesquisa de Criação de Plantas Hortícolas da Alemanha, o Julius Kühn-Institut (JKI), irão tratar de temas diversos. O Dr. Frank Marthe irá enfocar o desenvolvimento de pesquisas na Alemanha e os impulsos introdutórios do ponto de vista da Alemanha. Já o Dr. David Riewe, do Laboratório de Análise de Plantas do JKI, mostrará exemplos de pesquisas sobre identificação de compostos farmacêuticos relevantes.

    Temas

    As apresentações brasileiras serão voltadas aos temas: Desenvolvimento de pesquisas na Amazônia; Aliança para a Bioeconomia na Amazônia; Empresas com Ativos da Biodiversidade; Cosméticos 100% naturais e veganos; Empreendedorismo Sebrae-AM: Bioeconomia e pequenos negócios na Amazônia; Plantas medicinais e comunidades indígenas; Base de pesquisa botânica e as comunidades indígenas; e Plantas medicinais da Amazônia e uso de ativos na cura de doenças.
     

    Também fará parte da agenda uma apresentação para mostrar a importância das comunidades e unidades de conservação do Estado do Amazonas pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

    Produtos da Bioeconomia

    Três produtos biossustentáveis desenvolvidos na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) representarão a instituição na oitava edição de uma das maiores feiras sobre economia verde e soluções do Brasil, o Green Rio, que acontece de 23 a 25 de maio na Marina da Glória, Rio de Janeiro. Saiba quais são:

    Ecopainel feito com fibras do açaí

     A produção dos ecopainéis, baseada nos princípios da Economia Circular, é feita a partir dos resíduos do fruto do açaí descartados nos leitos dos igarapés e canais artificiais de escoamento de água nas cidades, gerando impactos ambientais. A partir deste efeito, o produto consiste no aproveitamento de toda a cadeia da matéria-prima, gerando subprodutos, emprego, renda e tecnologia.

    O trabalho também conta com a utilização de uma resina de óleo de mamona para fazer a adesão das fibras. A fabricação pode ainda evitar a emissão de CO2, que ocorre na fabricação industrial de painéis de fibras de madeira utilizando resinas sintéticas à base de Ureia Formaldeído, muito comum na atualidade.

    Madeira plástica feita com caroço de tucumã

     É produzida a partir da fibra da piriquiteira, obtida em Parintins (AM). A fibra natural apresenta excelente resistência à tração. Após serem extraídas, as fibras naturais passam pelo processamento mecânico, e os compostos são preparados pelo procedimento de mistura de fusão.

    As fibras da piriquiteira podem ser usadas em partes estruturais de automóveis, embarcações, aviões, embalagens e até em produtos voltados para construção civil. Os ensaios mecânicos de tração mostraram que a modificação química proporcionou aumento de 72% no módulo elástico da fibra.

    Bioprótese de madeira (feita com cumaru, pau d’arco e roxinho – madeiras típicas da Amazônia) 

    As madeiras pau d’arco, cumaru e roxinho são as matérias-primas da bioprótese. As lâminas que darão origem ao protótipo passarão por um processo de secagem natural. As articulações do pé e do tornozelo formam um sistema complexo que deve fornecer um grau de estabilidade maior do que de flexibilidade. As lâminas são apoiadas para receber a película do adesivo, e rapidamente prensadas com fixadores manuais, para que todas as ligações adesivas atinjam a máxima resistência.

    A bioprótese fornece uma base estável para a posição ereta; fornece uma alavanca rígida, na fase do impulso da marcha; absorve as cargas; adapta-se às irregularidades do solo e transforma a torção por meio da articulação inferior e da bacia.

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