Durante o Seminário Brasil-Alemanha de Bioeconomia (21) estarão presentes, além do reitor da UEA, Cleinaldo Costa, o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida, e o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura do Brasil, Fernando Schwanke.
Ao longo do evento, representantes do Instituto de Pesquisa de Criação de Plantas Hortícolas da Alemanha, o Julius Kühn-Institut (JKI), irão tratar de temas diversos. O Dr. Frank Marthe irá enfocar o desenvolvimento de pesquisas na Alemanha e os impulsos introdutórios do ponto de vista da Alemanha. Já o Dr. David Riewe, do Laboratório de Análise de Plantas do JKI, mostrará exemplos de pesquisas sobre identificação de compostos farmacêuticos relevantes.
Temas
Também fará parte da agenda uma apresentação para mostrar a importância das comunidades e unidades de conservação do Estado do Amazonas pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS).
Produtos da Bioeconomia
Três produtos biossustentáveis desenvolvidos na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) representarão a instituição na oitava edição de uma das maiores feiras sobre economia verde e soluções do Brasil, o Green Rio, que acontece de 23 a 25 de maio na Marina da Glória, Rio de Janeiro. Saiba quais são:
Ecopainel feito com fibras do açaí
A produção dos ecopainéis, baseada nos princípios da Economia Circular, é feita a partir dos resíduos do fruto do açaí descartados nos leitos dos igarapés e canais artificiais de escoamento de água nas cidades, gerando impactos ambientais. A partir deste efeito, o produto consiste no aproveitamento de toda a cadeia da matéria-prima, gerando subprodutos, emprego, renda e tecnologia.
O trabalho também conta com a utilização de uma resina de óleo de mamona para fazer a adesão das fibras. A fabricação pode ainda evitar a emissão de CO2, que ocorre na fabricação industrial de painéis de fibras de madeira utilizando resinas sintéticas à base de Ureia Formaldeído, muito comum na atualidade.
Madeira plástica feita com caroço de tucumã
É produzida a partir da fibra da piriquiteira, obtida em Parintins (AM). A fibra natural apresenta excelente resistência à tração. Após serem extraídas, as fibras naturais passam pelo processamento mecânico, e os compostos são preparados pelo procedimento de mistura de fusão.
As fibras da piriquiteira podem ser usadas em partes estruturais de automóveis, embarcações, aviões, embalagens e até em produtos voltados para construção civil. Os ensaios mecânicos de tração mostraram que a modificação química proporcionou aumento de 72% no módulo elástico da fibra.
Bioprótese de madeira (feita com cumaru, pau d’arco e roxinho – madeiras típicas da Amazônia)
As madeiras pau d’arco, cumaru e roxinho são as matérias-primas da bioprótese. As lâminas que darão origem ao protótipo passarão por um processo de secagem natural. As articulações do pé e do tornozelo formam um sistema complexo que deve fornecer um grau de estabilidade maior do que de flexibilidade. As lâminas são apoiadas para receber a película do adesivo, e rapidamente prensadas com fixadores manuais, para que todas as ligações adesivas atinjam a máxima resistência.
A bioprótese fornece uma base estável para a posição ereta; fornece uma alavanca rígida, na fase do impulso da marcha; absorve as cargas; adapta-se às irregularidades do solo e transforma a torção por meio da articulação inferior e da bacia.