Quase três em cada quatro pessoas (72%) nos países do G20 e outras grandes economias globais apoiam a criminalização de atos de governos e de líderes empresariais que pratiquem o ecocídio, causando sério dano ambiental ou que comprometam o clima , revelou uma nova pesquisa feita pelo instituto Ipsos em 22 nações, anunciada no momento em que países como o Brasil avançam com na criação de leis mais rigorosas contra danos ambientais.
No Brasil, que assiste a uma sequência de incêndios florestais em vários estados, 83% dos entrevistados são favoráveis à criminalização e apenas 3% se disseram contrários. O estudo sobre ecocídio foi encomendado pela organização não-governamental Earth4All e pela Global Commons Alliance (GCA).
Os países do G20 representam cerca de 85% do PIB global, 78% das emissões de gases de efeito estufa, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial. Owen Gaffney, um dos dirigentes da Earth4All disse que o apoio significativo à criminalização do ecocídio foi uma surpresa.
“A maioria das pessoas quer proteger os bens comuns globais do ecocídio; 71% acreditam que o mundo precisa agir imediatamente. A pesquisa demonstra que as pessoas nas maiores economias do mundo estão profundamente cientes da necessidade urgente de proteger nosso planeta para as gerações futuras”, afirma o dirigente.
A pesquisa ouviu 22 mil pessoas entre 18 e 75 anos nos países do G20 – Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos – e em quatro países fora do bloco das maiores economias do mundo: Áustria, Dinamarca, Quênia e Suécia.
*Com informações de UOL