Em audiência pública na Câmara, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi questionado sobre o hábito de Jair Bolsonaro circular sem máscara e não respeitar protocolos de cuidados contra a Covid-19. Queiroga afirmou que o presidente gosta de andar sem máscara, num tom conformado, e que encaminhou dentro da pasta o pedido do presidente para avaliar quando os brasileiros poderão começar a andar sem a necessidade do uso de máscara, numa cobrança pública.
— O presidente está muito satisfeito com o ritmo da vacinação. Sempre me cobra como está indo. Ele não gosta de máscara. Todo mundo sabe que o presidente anda sem máscara. Ele me perguntou a partir de que momento será possível ficar sem máscara. Temos que fazer um estudo, disse ao presidente. Solicitei ao Departamento de Ciência e Tecnologia para emitir esse parecer. Todos queremos tirar essa máscara, mas dentro de uma situação segura — afirmou Queiroga aos deputados da Comissão de Seguridade Social da Câmara.
O ministro falou de ações em relação ao combate ao vírus e contou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec) aprovou o protocolo de tratamento hospitalar da Covid. Ele disse que é preciso uniformizar o tratamento hospitalar.
— Os pacientes morrem nos hospitais, isso ocorre com 80% dos que são entubados e ficam com ventilação. Morrem. Precisamos uniformizar esse protocolo — disse, sem citar quais medicamentos, que as medicações também serão alvo de discussão – disse.
Marcelo Queiroga citou números de campanhas publicitárias de vacinação, 27 ao todo, e que o gasto total foi de R$ 330 milhões. Ele afirmou que já foram milhões de inserções em rádios, internet e outras mídias.
Sobre o surgimento no país da variante Delta, durante a Copa América, o ministro afirmou que, graças ao evento, foi detectada essa a nova cepa do coronavírus, a partir de testagens. Queiroga afirmou que dificilmente essa cepa seria detectável com trânsito dos sul-americanos nas fronteiras.
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