Os recursos serão aplicados no apoio logístico à campanha de imunização
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), contará com R$500 mil no apoio logístico à campanha de imunização, para ampliar a cobertura vacinal contra covid-19 em 16 Unidades de Conservação Estaduais. Os recursos, gerenciados pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), foram doados pela Organização Não-Governamental (ONG) Direct Relief, para auxiliar o Estado no combate à pandemia.
A doação da Direct Relief ocorreu em resposta a uma carta aberta enviada à comunidade internacional pelo governador Wilson Lima, em janeiro deste ano. Na ocasião, a ONG sediada na Califórnia doou cerca de R$2,8 milhões para auxiliar o Estado no combate à pandemia. Os recursos já resultaram na entrega de 240 concentradores de oxigênio para dar suporte ao atendimento de pacientes com Covid-19, em 45 municípios.
Na segunda-feira (26/04), a organização aprovou o uso dos recursos remanescentes – aproximadamente R$500 mil – para ampliar a vacinação nas áreas protegidas do Amazonas. Ao todo, duas milhões de pessoas moradoras de Unidades de Conservação (UCs) devem ser alcançadas.
“No início do ano nós lançamos o Programa Emergencial de Combate à Covid-19 em Unidades de Conservação. Agora a gente entra numa segunda fase desse Programa, voltada para dar maior apoio à vacinação nas UCs. São locais afastados, isolados e que dependem muito do apoio às prefeituras para que a vacinação chegue a todos”, pontuou o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
A FAS, que foi identificada pelos doadores para atuar como gestora dos recursos, conduzirá as ações por meio da Aliança Covid-Amazônia, em parceria com o Programa Emergencial da Sema. De acordo com a FAS, a proposta é expandir a cobertura do Programa Nacional de Imunização, fornecendo suporte logístico para apoiar o transporte de imunizantes e agentes de saúde.
Nova estratégia – Para a vacinação nas UCs, uma nova estratégia será colocada em prática: a imunização de 100% das pessoas elegíveis para receber a vacina, independentemente de faixa etária ou grupo de risco. A proposta visa reduzir os custos logísticos para acessar as comunidades e aumentar, ao mesmo tempo, a eficiência do SUS nas localidades mais distantes das sedes municipais.
“É importante destacar o papel e a liderança da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) e da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), com a disponibilização de vacinas em doses suficientes para que a gente possa fazer essa imunização respeitando as características logísticas e geográficas da nossa região”, completou Taveira.
A primeira UC beneficiada pelo mutirão de vacinação foi a RDS do Uatumã, na terça-feira (27/04). A ação serve como projeto-piloto para avaliar os benefícios da nova sistemática, proposta pelo Comitê Orientador do Projeto “SUS na Floresta”, executado pela FAS.
“Isso é algo que vai representar, em primeiro lugar, um menor custo das prefeituras, em segundo vai representar uma maior segurança para essas comunidades, uma maior velocidade na erradicação do vírus nesses territórios, porque se nós não tivermos a população passível de contaminação, o vírus também será controlado. E, a partir disso, dar elementos para recuperação da geração de renda”, destacou o superintendente geral da Fundação, Virgílio Viana.
Todas as ações serão realizadas em articulação com as prefeituras, que são os responsáveis pela aplicação das vacinas contra a Covid-19. Os recursos foram captados com apoio da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), da Health Bridges International (HBI) e do Ministério das Relações Exteriores.
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