Aglomerados, manifestantes em Manaus promoveram protesto em frente à sede da Assembleia Legislativa do Amazonas na manhã desta terça-feira, 16. A manifestação, que tinha objetivo de pedir a flexibilização do comércio, acabou virando palco para pedidos de impeachment do governador Wilson Lima (PSC).
Os manifestantes causaram obstrução, nos dois sentidos, da Avenida Mário Ypiranga, uma das principais vias de ligação da zona norte à zona sul de Manaus. O fechamento da via prejudicou a circulação de ambulâncias e veículos com idosos que foram tomar vacina contra a Covid-19 na Universidade Nilton Lins, ponto de vacinação que fica próximo do local do protesto.
Após negociação com a Polícia Militar do Amazonas, eles decidiram liberar a avenida para circulação de veículos.
No carro-som, um dos manifestantes anunciou que o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado Roberto Cidade (PV), decidiu receber representantes do movimento para uma reunião.
Minutos depois, outro manifestante orientou a multidão a esperar que os deputados saíssem da Assembleia Legislativa para conversar com eles na parte de fora. Ele também afirmou que pessoas que se intitularam representantes dos setores e foram conversar com deputados não representavam o movimento.
O protesto teve participação de mototaxistas, motoristas de aplicativo, vendedores de lojas, profissionais de Educação Física e outros trabalhadores do setor. Eles criticaram as medidas econômicas adotadas pelo governo estadual para reduzir o impacto gerado pelo fechamento do comércio, como a concessão do auxílio emergencial de R$ 200.
“Nós somos do Sindicato dos Vendedores Ambulantes de Manaus e a nossa reivindicação é a reabertura, com a flexibilização que possa atender o anseio dessas pessoas que estão paradas, tanto no centro, nas galerias, como também no terminal. Nós estamos reivindicando essa possibilidade”, disse um dos manifestantes.
De acordo com os manifestantes, os deputados haviam prometido a eles tempo na sessão ordinária da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 16, para pedir flexibilização do comércio. No entanto, ainda segundo eles, os parlamentares decidiram suspender a sessão de hoje por conta do Carnaval, o que gerou revolta.
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