Rabdomiólise: Amazonas registra 69 casos sem óbitos

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Segundo informações do último Informe Epidemiológico semanal da FVS-RCP, o estado do Amazonas registrou 69 casos de rabdomiólise.
Foto: ilustração

Segundo informações do último Informe Epidemiológico semanal da FVS-RCP, o estado do Amazonas registrou 69 casos de rabdomiólise. Destes identificados, 34 compatíveis com a Doença de Haff. A doença foi encontrada em diversas cidades do Amazonas, incluindo Itacoatiara, Manaus e Parintins. Até o momento não foram registrados óbitos relacionados à doença.

Doença de Haff

A Doença de Haff é uma condição rara e misteriosa que afeta os músculos e pode ser desencadeada pelo consumo de determinados tipos de peixes, em especial, os de água doce. A Doença de Haff pode ser grave e é caracterizada por uma rápida degradação muscular conhecida como rabdomiólise.

Rabdmiólise

A rabdomiólise é uma doença caracterizada pela destruição das fibras musculares. Conforme os tecidos musculares são acometidos, diferentes substâncias são liberadas na corrente sanguínea, afetando rins e sistema urinário, causando mais sintomas para o indivíduo.

Os principais sintomas da Doença de Haff incluem:

1. Dor muscular intensa (mialgia), frequentemente acompanhada de rigidez muscular.

2. Fraqueza muscular.

3. Dor abdominal.

4. Náuseas.

5. Vômitos.

6. Urina escura (cor de coca-cola) devido à liberação de mioglobina, uma proteína muscular, na corrente sanguínea.

Toxina encontrada em peixes

No Brasil, casos da doença têm sido associados ao consumo de peixes como o tambaqui e a pirapitinga. A toxina ou substância responsável por desencadear a doença não foi identificada com precisão, o que torna a Doença de Haff um enigma médico.

Em caso de suspeita, o que fazer?

Devido à gravidade da rabdomiólise associada à Doença de Haff, é fundamental procurar assistência médica imediatamente se alguém apresentar os sintomas mencionados após o consumo de peixes de água doce.

O tratamento geralmente envolve a administração de líquidos intravenosos e monitoramento médico para evitar complicações graves, como insuficiência renal.

É importante ressaltar que a Doença de Haff é rara, e a grande maioria das pessoas que consome peixes não desenvolve essa condição. No entanto, quando ocorrem surtos da doença, é essencial que as autoridades de saúde pública investiguem as causas e tomem medidas para proteger a população.

A FVS-RCP está investigando outros casos suspeitos em colaboração com as equipes municipais de Vigilância Epidemiológica. É importante buscar assistência médica em caso de suspeita da doença.

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