Indígenas ocupam Djalma Batista em protesto contra o fim da Sesai

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Foram 66 etnias indígenas representadas no protesto da manhã desta quarta-feira (27) em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) contra as declarações do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que sinalizou uma possível extinção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

Com a medida, a responsabilidade do órgão seria transferido para o poder municipal, enfraquecendo ainda mais a questão da saúde indígena, que já prejudicada pela retirada de médicos cubanos do programa Mais Médicos, do Governo Federal.

Estiveram presentes no ato lideranças indígenas e o protesto foi acolhido por parlamentares como Sinésio Campos (PT). Após o término da reunião na casa legislativa, foi definida a criação de uma comissão para acompanhar a questão.

“Vemos o governo federal deixando de assumir o seu papel que é da assistência a saúde das populações indígenas e repassando de forma irresponsável para as prefeituras. A aleam vai fazer a interlocução com o Congresso Nacional, forçar com que o Ministro da Saúde reveja isto” disse o deputado Sinésio Campos. Os indígenas também devem pedir apoio dos representantes do Ministério Público Federal (MPF) ainda hoje.

Atualmente vivem no Amazonas mais de 200 mil indígenas, em 178 terras próprias das etnias espalhadas por todo o Estado. Apenas no Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Manaus, são atendidos 22 municípios com um orçamento de R$ 90 milhões por ano.