‘Operação de guerra’: Vacinação contra H1N1 no AM tem esquema de segurança especial

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Vista como “operação de guerra” pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), a campanha de vacinação contra a Influenza A (H1N1) contará com policiamento e monitoramento especial nos locais de imunização. Na manhã desta segunda-feira (18), uma reunião no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Zona Sul de Manaus, definiu como será a ação.

Participaram da reunião representantes da Secretaria e Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS). Todos devem atuar em conjunto para garantir a vacinação do maior número de pessoas a partir da quarta-feira (20).

De acordo com o chefe da Seção de Operações do Estado Maior da PM, tenente-coronel Dias Figueiredo, a Polícia Militar vai dar apoio em todos os locais de vacinação, tanto da capital quanto no interior.

Em Manaus, dez unidades de saúde vão funcionar em horário ampliado, até às 21h. Conforme o tenente-coronel, estas unidades receberão uma atenção especial. “Estaremos atentos a esses locais e vamos reforçar o efetivo”, disse.

A diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, tratou a campanha de vacinação como uma operação de guerra. Ela disse ser fundamental o apoio da SSP-AM para que o estado tenha uma campanha organizada e segura.

Números da campanha

  • Em todo o estado, haverá 1.535 salas de imunização
  • O plano é distribuir 1 milhão de doses para a população amazonense
  • A capital amazonense terá 455.090 vacinas
  • Fazem parte do público-alvo definido pelo Ministério da Saúde 1.103.723 pessoas
  • A meta é vacinar 90% do público-alvo.
  • Foram notificados 586 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
  • Dos casos de SRAG, 106 deram positivo para H1N1 e 92 para Vírus Sincicial Respiratório
  • Ao todo, mortes por H1N1 chegaram a 26 no Amazonas
  • Das mortes, 21 foram em Manaus, duas em Manacapuru, e as outras em Parintins, Itacoatiara e Japurá
  • Há seis óbitos confirmados por Vírus Sincicial Respiratório
  • Uma morte foi constatada por Parainfluenza tipo 3

Público-alvo

Fazem parte do grupo de risco as crianças de seis meses a menores de seis anos incompletos, idosos acima de 60 anos, grávidas, puérperas até 45 dias após o parto, pessoas com doenças crônicas (diabetes, hipertensão, portadores de doenças neurológicas, pessoas com comprometimento pulmonar), trabalhadores da saúde, profissionais da educação, povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e profissionais do sistema prisional.

A campanha deve começar por Manaus e municípios da Região Metropolitana, que têm acesso mais rápido.