O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (7), que os militares precisarão fazer sacrifício com a nova Reforma da Previdência, mas prometeu que as especificidades de cada uma das forças serão respeitadas.
“O que eu quero aos senhores é sacrifício também. Entraremos sim, numa nova Previdência que atingirá os militares, mas não deixaremos de lado, não esqueceremos, as especificidades de cada força”, afirmou o presidente.
A declaração foi dada durante cerimônia de celebração dos 211 anos do Corpo de Fuzileiros Navais no Centro do Rio de Janeiro.
A proposta de reforma previdenciária foi entregue pelo governo ao Congresso no dia 20 de fevereiro e não incluía os militares. Na ocasião, o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que em até 30 dias o governo apresentaria um projeto com mudanças nas regras para aposentadoria dos militares.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) só deve votar a constitucionalidade da reforma da Previdência após o governo apresentar as regras para os militares.
“Avisei o governo que vai ser muito difícil tramitar a PEC sem o envio do projeto dos militares. Já me comprometi com o governo que só voto o [projeto dos] militares no dia seguinte que terminar de votar a emenda constitucional”, afirmou Maia em São Paulo, no dia 25 de fevereiro.
O discurso do presidente aos militares durou menos de 4 minutos. Além de falar sobre a Previdência, Bolsonaro disse que quer fazer do Brasil um país de primeiro mundo e que reconhecerá os militares neste contexto.
Bolsonaro disse ainda que a “democracia e liberdade só existe quando as suas respectivas Forças Armadas assim o quer” (sic).
Cerimônia
Durante o evento, militares receberam a medalha “Mérito Anfíbio” pela dedicação e pelo interesse no aprimoramento profissional. O cabo fuzileiro naval de Infantaria Gilmário Alerson da Silva Lima será homenageado por ter sido eleito o Fuzileiro Padrão 2018.
A cerimônia no corpo de fuzileiros navais é o primeiro evento público do presidente depois do episódio em que ele postou um vídeo com conteúdo pornográfico em sua conta no Twitter. A postagem, feita na terça-feira (5), gerou polêmica ao longo da quarta (6).
*Com informações do G1